sexta-feira, 28 de novembro de 2008


28 de novembro de 2008. 15 horas, horário de verão. Está oficialmente no ar a ANDA, Agência de Notícias de Direitos Animais. O primeiro portal jornalístico voltado, exclusivamente, para fatos e informações do universo animal.

A ANDA surge para difundir na mídia os valores de uma nova cultura, mais ética, mais justa e preocupada com a defesa e a garantia dos direitos animais. Com profissionalismo e coragem, a ANDA abre um importante canal com jornalistas de todas as mídias e coloca em pauta assuntos que até hoje não tiveram o merecido espaço ou foram mal debatidos.

A proposta da ANDA é servir também de referência a toda a sociedade, respondendo aos questionamentos, levando à reflexão e incentivando atitudes éticas, sempre sob o foco dos direitos animais.

A mensagem de convivência pacífica entre animais humanos e não-humanos ganha destaque no portal em temas como Filosofia, Ciência, Direito, Meio-Ambiente, Literatura, Educação, entre tantos outros.

A nova agência é fruto da consciência, do esforço e da colaboração de muitas pessoas que vivem e trabalham com respeito por todas as formas de vida. Somos uma equipe multidisciplinar composta de jornalistas, filósofos, biólogos, nutricionistas, advogados, promotores, professores, escritores, publicitários, artistas, estudantes e ativistas. Com algo em comum: a defesa dos direitos animais. É com confiança que damos o primeiro passo nessa importante e necessária caminhada.

ANDA
, siga esta pegada! A humanidade precisa dar mais este passo.

Fonte: ANDA

Jovens protestam contra a extração de peles - SP

Jovens engaioladas protestam contra a extração de peles na Paulista

Manifestante diz que intenção era mostrar como os animais se sentem.
Segundo organizadores, atos acontecem em 40 países nesta sexta.


Três mulheres ficaram engaioladas na manhã desta sexta-feira (28), no canteiro central da Avenida Paulista, como parte de um protesto conta a indústria da extração de peles dos animais. Cerca de 50 pessoas se reuniram no local, em uma manifestação que, segundo os organizadores, faz parte das cerca de 100 ações mundiais realizadas em 40 países nesta sexta.

Os manifestantes se reuniram entre a Alameda Joaquim Eugênio de Lima e a Rua Pamplona, distribuindo panfletos e empunhando faixas. Com um megafone e apitos, eles tentavam chamar a atenção dos pedestres e motoristas. Para a estudante e vendedora Renata Almeirda, de 19 anos, uma das engaioladas, o ato traz a oportunidade de se sentir como os animais.

"Vou sentir um pouco na pele o que os animais sentem, o mínimo do mínimo. É só o começo de tudo que eles sofrem", disse ela, vestindo uma malha cor de pele e coberta de tinta vermelha para simbolizar o sangue.

Dentro da gaiola, a advogada Juliana Galisteu, de 29 anos, afirmou que a ação ajuda os próprios ativistas a sentir a causa que abraçam. "Estou me sentindo o próprio animal, é um desespero terrível. Só fazendo algo assim para sentir na pele a causa que a gente abraça".

As manifestações em todo o mundo nesta sexta – o chamado "Sexta-feira Dia Mundial Sem Pele" - são coordenadas pela Coalizão Internacional Anti-Pele. No Brasil, Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e Recife, em Pernambuco, também devem ter ações.

Fonte: G1

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Animais em Santa Catarina

O GAE POA, amigos e simpatizantes da causa animal, estamos solidários com o sofrimento do povo catarinense. A mobilização do governo federal e dos Estados brasileiros, bem como da população do país, tem por dever aplacar as necessidades imediatas dos desassistidos. Entre as vítimas da tragédia, estão também os animais que só contam com iniciativas de poucas ONGs. Muitos cães têm sido encontrados mortos, presos a coleiras nos pátios de suas casas, gatos ficaram nos apartamentos, sem que seus donos tivessem conseguido salvá-los. Centenas seguem nos telhados e nas árvores sobre as águas.
Nosso apelo, neste momento, é para que, além da ajuda oferecida aos humanos, também se façam donativos para os grupos que estão tentando resgatar e tratar animais.

Itajaí
O apelo da ONG Viva Bicho dá conta de que os animais não têm como pedir socorro e não conseguem se ajudar sozinhos. Muitos estão ilhados, sem comida, com medo, frio, à espera de ajuda. Cães e gatos sobreviventes vagam pelas ruas à procura de suas famílias e de alimentação. Apela-se aos moradores que tentem alimentar os animais que estão na rua.
Não há ração disponível para compra na cidade, precisando ser enviada de outros lugares. Qualquer doação reverterá na ajuda imediata para resgate e tratamento dos animais sobreviventes.
Contato: Bianca - Ong Viva Bicho
(47) 8425-1459 / 9903-5441
Banco do Brasil
Ag. 1489-3 cc 20793-4
Associação Viva Bicho
CNPJ 06 156 776 / 0001 - 81
Blumenau
Segundo informes da APRABLU - Associação Protetora de Animais de Blumenau, há muitos animais ilhados e também perdidos pela cidade, e a ONG pede que os moradores tentem alimentar e confortar os animais que encontrem. A Associação pede com urgência doações para compra de medicamentos, alimentação, condições de abrigagem, cordas e potes.
Contato para doações:
e-mail: aprablu@terra.com.br (Bárbara)
Caixa Econômica Federal (ou lotéricas)
Ag.411
Op. 013
C/C 187-5
Simone Ruth Stoltz
Florianópolis
Menos atingida do que as cidades do interior, a capital de Santa Catarina, por meio de integrantes do GAE Floripa e do É o Bicho organizam o envio de estoque de rações a Itajaí, já contando com uma forma de transporte para sábado. Contato para apoiar com doações: e-mail: ordepdarc@gmail.com (Pedro)
Passo Fundo
Na cidade gaúcha de Passo Fundo, voluntários da Amigo Bicho conseguiram apoio da Defesa Civil local para que sejam enviadas à Santa Catarina rações para gatos, cães, cavalos e bois, assim como doações de potes, coleiras e correntes, a serem arrecadados na cidade. Os donativos podem ser entregues no corpo de Bombeiros da Moron (atrás da Escola Notre Dame) e da Petrópolis, devendo as embalagens ser identificadas como sendo "para animais".
Contato: Diane Tauffer
Passo Fundo – RS
(54) 9188 3564
(54) 8402 5726
Porto Alegre
Se conheces quem possa transportar uma carga de ração para Santa Catarina, escreve-nos (gae.portoalegre@gmail.com) para que possamos deflagrar uma campanha de donativos. Contato feito por companheiro do GAE com a Defesa Civil não trouxe muita esperança de que aceitem levar doações para animais. Informação que estamos tentando checar.

Não deixa de doar, mesmo que o valor seja pequeno. Neste momento, qualquer real ajudará, porque se somará ao real que os amigos, a quem repassares este e-mail, também doarão.
Junta-te a nós e aos animais vítimas das enchentes em Santa Catarina
Grupo pela Abolição do Especismo Porto Alegre

França em campanha contra o uso de peles

Em Paris e em várias cidades francesas está sendo realizada a nova campanha da Fundação Brigitte Bardot destinada a sensibilizar o público sobre o destino dos animais de pele.

Nas ruas, já podem ser vistos três anúncios que mostram imagens de consumidores de peles (moça com colete e carteira feita de pele de coelho, um rapaz vestindo um casaco com capuz de pele e uma mulher de casaco comprido) em frente aos animais mortos.

A associação "La Fourrure Française" - "A Pele Francesa", criada em setembro de 2008, reagiu apresentando queixa junto à Autoridade de Regulação Profissional da Publicidade francesa para denunciar a "violência" desta campanha.

Violência da campanha? A violência na realidade está presente no cotidiano da criação intensiva de animais onde milhões de raposas, martas, chinchilas e outros animais ficam presos em gaiolas, sem condição até de satisfazer as necessidades fisiológicas. Os animais aprisionados, incapazes de expressar sua natureza acabam adquirindo comportamentos neuróticos, a ponto de se mutilarem. Após uma vida de miséria, os animais são mortos com gás, electrocutados, até mesmo esfolados vivos como já foi constatado, repetidas vezes, nos mercados chineses. Além disso, a indústria de peles é altamente poluente, assim como todas as criações intensivas de animais.
Apreensão
Alguns comerciantes de peles, na tentativa de enganar o consumidor, estão vendendo peles de animais como peles sintéticas. Autoridades francesas apreenderam recentemente, em Paris, mais de 4.000 casacos com golas em pele de gato e de cão estavam sendo comercializados com etiqueta de pele sintética.
Se é possível fazer passar pele verdadeira por pele falsa, na dúvida é melhor não comprar produtos que usem esse material. Lembremo-nos que 50 milhões de animais (sem contar os coelhos) são mortos todos os anos para alimentar o mercado das peles.

Pesquisa: Fondation Brigitte Bardot

Fonte: ANDA

MP quer interdição do matadouro de Itapicuru

O Ministério Público Estadula (MP) decidiu nesta terça-feira, 25, ajuizar uma ação civil pública contra o Município de Itapicuru, a 215 Km de Savaldor. De acordo com o MP, o município não empreende qualquer tipo de fiscalização para impedir o abate clandestino de bovinos, deixando funcionar o matadouro público em condições inadequadas, e em desacordo com os cuidados da saúde pública e da preservação ambiental.


Na ação, a promotora de Justiça Patrícia dos Santos Ramos requer, liminarmente, a interdição do matadouro, com o intuito de que o Município fique impedido de realizar abate de animais, para fins de comercialização, sem estar previamente registrado nos órgãos de inspeção sanitária competentes e em consonância com a Portaria do Ministério da Agricultura, sob pena de pagamento de multa diária de R$ 1 mil.


"Transcorridos mais de três anos da instauração do procedimento ministerial, as promessas de solucionar o problema do abate de animais em Itapicuru não saíram lamentavelmente do papel. Continua a comunidade a ostentar um monstruoso abatedouro municipal como cartão de visitas de uma administração que não se preocupa com a saúde de seus administrados, nem com a racional preservação da natureza”, frisou a promotora.


De acordo com a promotora, foram feitas várias tentativas para equacionar o problema extrajudicialmente, com realização de audiência pública e de várias audiências no âmbito da Promotoria, além de envio de minuta de um Termo de Ajustamento de Conduta, que, segundo a promotora, o prefeito João Alfredo Monteiro Pinto Dantas recusou-se a assinar.


A representante do MP anexou no processo, entre outros documentos, um laudo de inspeção da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), confirmando que "o estabelecimento não dispõe de condições físicas, higiênicas, sanitárias e tecnológicas para continuar em atividade devido, inclusive, ao elevado risco de contaminação dos consumidores, através dos produtos obtidos, devido à ausência de um padrão de qualidade, de estrutura física satisfatória; poluição ambiental proporcionada pelo operacionalização do abate; tratamento incorreto das águas residuais e restos de animais abatidos; ausência de fluxograma correto de produção; água de abastecimento em desacordo com a legislação, no que diz respeito a padrão de qualidade; ausência de inspeção veterinária no intuito de promover as inspeções 'ante' e 'pos morten' nos animais a serem abatidos”.


A promotora ainda advertiu que o matadouro carece de registro nos órgãos competentes, no caso os setores de Inspeção Federal e Estadual, além da própria Adab, acrescentando que "da falta de registro do matadouro decorre a inexistência de qualquer tipo de fiscalização criteriosa quanto à sanidade dos animais abatidos, o que gera elevado risco de contaminação por inúmeras doenças, perigo que paira sobre toda a população de Itapicuru que consome a carne oriunda do matadouro irregular”.


Ainda de acordo com Ramos, o Município vem agindo com negligência na prevenção do dano ambiental na região, pois como o matadouro não possui esgotamento, “o esgoto corre a céu aberto; sangue, contéudo gastrointestinal e águas residuais miscigenam-se e desembocam em uma lagoa que serve de criatório de urubus. A lagoa, por sua vez, desemboca no Rio Itapicuru sem nenhum tratamento prévio, causando grave dano ambiental, bem como problema de saúde pública, haja vista que o manancial é utilizado como fonte de recursos hídricos por muitas pessoas, colocando em perigo todas as comunidades à sua jusante, expondo-as, desnecessariamente, a risco de contaminação e epidemia”.

Fonte: A Tarde Online

Empresa vegana lança revista

Yaoh, um dos principais fornecedores de cosméticos veganos na Inglaterra, lançou esse mês a revista Off the Hoof, uma publicação trimestral dedicada ao estilo de vida vegano e descrita como “audaciosa, corajosa e divertida”. A revista inclui notícias sobre campanhas, moda, beleza e nutrição. A edição de inverno já se encontra a venda.


Fonte: ANDA

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

HISTÓRIA DAS COISAS


História das Coisas é um documentário de 20 minutos, direto, passo a passo, baseado nos subterrâneos de nossos padrões de consumo. Revela as conexões entre diversos problemas ambientais e sociais, e é um alerta pela urgência em criarmos um mundo mais sustentável e justo.
Versão dublada em português.
Para assistir acesse

PRODUTOS DE LIMPEZA ECOLÓGICOS

Adaptado de:
- Revista Natural Dog, agosto 2008 - www.dogfancy.com
- Livro Eco Dog, Corbett Marshall e Jim Deskevich -www.chroniclebooks.com

Produtos de limpeza industrializados contém muitos ingredientes químicos nocivos para os animais. Seja pela exposição passiva, pela curiosa cheirada, ou pela pele, o contato com esses químicos é uma das formas mais comuns de envenenamento e queimaduras de cães dentro de casa. Para evitar esses perigos, os guardiães eco-conscientes optam pelas receitas da vovó, usando basicamente óleo, água, vinagre e bicarbonato de sódio.
Os óleos limpam e protegem naturalmente, o bicarbonato de sódio limpa e desodoriza, e o vinagre é um desinfetante natural. Vinagre e óleos essenciais são antibactericidas naturais, principalmente o de eucalipto.
Para pisos de madeira, usa-se óleo de oliva, água e óleos essenciais.

Fórmulas Verdes e Limpas:
Fazer os seus próprios produtos de limpeza é mais fácil do que você imagina. Redescubra a eficiência à moda antiga destas opções verdadeiramente testadas — além de amigas do meio ambiente. Experimente estas receitas não-tóxicas e adicione algumas gotas do seu óleo essencial favorito a cada uma delas para obter benefícios da aromaterapia para você e seu animal de estimação.

Produto de limpeza para todas as ocasiões:
1 colher de sopa de Borax
1 colher de sopa de sabonete
1 colher de sopa de suco de limão
¼ litro de água morna
Agite para misturar. Use no chão e superfícies de cozinhas e banheiros

Limpador de vidros:
2 colheres de sopa de suco de limão ou 1/2 xícara de vinagre branco, água e uma garrafinha com vaporizador. Coloque o limão ou o vinagre na garrafinha e preencha com água. Agite bem e use nos espelhos e vidros

Polidor de piso e mobília:
1 xícara de óleo mineral (o INR testou com óleo vegetal, de cozinha)
1 xícara de vinagre branco
Agite para misturar e passe o produto com um pano limpo.

Piso de cortiça - material sustentável e amigo do cão:
Como a maioria dos cães passam toda sua vida em contato direto com o chão, uma boa escolha faz toda a diferença.
O piso de cortiça é de fácil manutenção, lindo, não é escorregadio e os animais adoram. É quentinho para eles, diferente do piso frio. As pessoas adoram porque não dá para ver os arranhões do cachorro. Cortiça é um elemento importante para se pesquisar se você quer um piso saudável e amigo do meio ambiente.

Limpadores em pasta para várias funções:
Uma mistura de vinagre, sal e água em quantidades iguais formam um efetivo produto de limpeza.
Para obter uma pasta tipo sapóleo, experimente misturar partes iguais de sal grosso e fermento, com água suficiente para formar uma pasta. Para ambas receitas, aplicar a solução com esponja úmida, esfregando.

Dicas:
. Pendure alguns galhos de eucalipto, alecrim ou lavanda dentro do box do chuveiro. O vapor fará com que eles exalem seu aroma natural mais forte do que o normal.

. Óleos essenciais naturais podem ajudar seu lar a ter sempre aroma de frescor, se após a limpeza você pingar algumas gotas num pouco de água, colocar num vaporizador, vaporizar um pouco da solução num pano de algodão e passar ligeiramente nas superfícies para dar uma fragrância refrescante no ar. São indicados: lavanda, alecrim, citronela, capim-limão, eucalipto, menta, laranja, limão, pinho,cipreste.

. Pingue algumas gotas do seu óleo essencial preferido na parte interna do tubo de papelão do papel higiênico. Cada vez que você girar o tubo, ele liberará no ambiente um aroma de frescor.

Ajude a minimizar o impacto que causamos no planeta, faça seus próprios produtos de limpeza. Além de contribuir para saúde da Mãe Terra, você também fará uma boa economia no supermercado e nos medicamentos veterinários. Experimente e veja a diferença no fim do mês!

Cão salva vida do dono nos EUA

Buddy já era o melhor amigo de seu dono. Agora, o policial Joe Stalnaker lhe deve a vida.

O pastor alemão chamou uma ambulância após ver seu dono passar mal em casa, na cidade de Scottsdale, no Arizona (EUA). Buddy, que é adestrado, grunhiu e latiu ao telefone quando o atendente do número de emergência (911, nos Estado Unidos) perguntou se alguém precisava de ajuda.

O cão tem um ano e meio e sabe apertar a tecla programada do telefone referente ao serviço de emergência até escutar um atendente do outro lado da linha.

Na gravação do chamado, pode-se ouvir: "Alô, aqui é 911. Alô... Você pode me ouvir? Há alguém aí para quem você possa passar o telefone?". Diante da reação do animal, uma equipe foi mandada ao local, onde chegou três minutos após a solicitação.

O caso ocorreu na última quarta-feira (10). O policial Mark Clark afirmou que Stalnaker ficou dois dias em um hospital e se recuperou do ataque.

"É realmente incrível", disse Clark à Associated Press. "Mesmo os atendentes mais antigos nunca viram algo assim."

Segundo o policial, uma equipe é enviada sempre que o telefone de emergência é acionado. Neste caso, havia também um aviso sobre o registro de Stalnaker no sistema informando que há um cão apto a chamar o serviço quando o dono estiver incapacitado.

Causa nobre

Buddy foi adotado quando tinha dois meses na entidade Paws with a Cause, que treina cães para prestarem assistência a pessoas com problemas de saúde ou algum tipo de limitação. O pastor alemão foi treinado para pegar o telefone caso o dono apresentasse sinais de um ataque.

Ele já chamou a emergência em duas situações anteriores. Eventualmente, Salnaker tem ataques causados por danos no cérebro resultantes de um exercício militar realizado dez anos atrás.

Fonte: Folha

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Documentário prova que animais se Emocionam

Filme mostra que bichos sentem medo, angústia, tristeza e até saudade, e defende uma postura ética com animais

Experimentar sentimentos e sensações de medo, angústia, tristeza, alegria, frustração e até saudade, tendo consciência sobre o que lhes acontece e do que os rodeia. Essas não são prerrogativas exclusivas dos seres humanos. Em grau menos complexo, mas de forma igualmente fundamental para a existência, os animais têm a mesma capacidade, já garantia o naturalista Charles Darwin, autor da teoria da evolução das espécies e precursor da biologia moderna. Essa percepção é hoje chamada de senciência, palavra inexistente nos em português, mas que vem se tornando popular quando se fala no tratamento ético e no bem-estar dos animais.

Romper preconceitos e mitos e expor tanto os maus quanto os bons exemplos nessa área é o objetivo de um vídeo produzido pela World Society for the Protection of Animals (WSPA) (ou Sociedade Mundial de Proteção Animal), que tem 900 afiliadas em 150 países. O documentário, que traz depoimentos de especialistas do Brasil, Colômbia, Canadá, da Noruega e Escócia, teve a exibição pública lançada em Campinas no mês passado, por intermédio da Organização Não-Governamental (ONG) Instituto de Valorização da Vida Animal (IVVA).

A produção contém cenas fortes e dolorosas. Mas pode ser vista sem grandes dramas até pelos mais sensíveis, pois o principal mote é mostrar que falar em no reino animal não é iniciativa de vegetarianos extremistas, tampouco fruto de deduções de donos solitários que tentam humanizar o companheiro de estimação. Há forte embasamento científico em defesa da senciência, sustentam os pela WSPA.


Fonte: Cosmo

Vegetariano não janta?

Pergunta inevitável. Por que raios os restaurantes vegetarianos não funcionam à noite? Esse foi um dos motivos que levou Ismar Cestari a abrir o Fulô, lugarzinho simpático na Haddock Lobo aberto até 23h. Vegetariano há 23 anos, ele conta que sair para jantar fora sempre foi um problema. Tudo fechado.
Para se ter uma idéia, dos cerca de 20 estabelecimentos publicados em Época São Paulo, apenas 4 servem o jantar: Fulô (R. Haddock Lobo, 899, 3081-7769), o Gopala Hari (R. Antônio Carlos, 429, 3283-1292), o Maha Mantra (R. Fradique Coutinho, 766, 3032-2560) e o Galleria Orgânica (R. Oscar Freire, 2273, 3804-8365). E mesmo no seleto grupo há restrições. Só o Fulô abre todos os dias à noite (os outros dois só funcionam sextas e sábados).

Para os vegetarianos notívagos, resta aproveitar o que essas poucas casas têm de bom. Sextas e sábados, a partir das 20h, rola som de MPB ao vivo no Maha Mantra, com serviço à la carte.
No Galleria Orgânica, também às sextas e aos sábados, o DJ e sócio Bret Flute assume as pick-ups e o pequeno restaurante se transforma em balada de modernos.

Fonte: Garfolandia

Movimento ambiental e o "ecoterrorismo"

Movimento ambiental e o "ecoterrorismo": a ética da emboscada

Ações de ecoterrorismo no mundo afora chamam a atenção para causas ambientais e o direito dos animais. Uma acaba de receber aval da Justiça. Mas até que ponto seriam aceitáveis? Seria a sabotagem válida para promover os valores da ética e da sustentabilidade? Um número surpreendente de militantes da causa ambiental e do direito dos animais parece acreditar que sim. E uma decisão recente da Justiça inglesa lhes deu razão.

Em setembro, um tribunal do condado de Kent concedeu ganho de causa a ativistas do Greenpeace que invadiram e picharam uma termoelétrica a carvão, causando prejuízos no valor de 35 mil libras. O júri concluiu que é legítimo danificar a propriedade alheia se isso puder evitar um dano ainda maior - no caso, o aquecimento global. A usina emite 20 mil toneladas diárias de gás carbônico, mais que a soma dos 30 países menos poluidores.


Ações como esta são mais comuns do que se imagina. Em junho, a Frente de Libertação dos Animais incendiou veículos e instalações da Charles River, um grande criadouro de cobaias da região de Lyon, na França. No ano passado, a Tecniplast, fabricante de gaiolas da mesma região, sofreu ataque semelhante. O Bite Back, um website apócrifo baseado na Califórnia, traz fotos e depoimentos de gente que se gaba de seus atos de ecossabotagem, sem identificar quem são os autores. Ele registra centenas de episódios de liberação de animais de matadouros e laboratórios, com veracidade difícil de comprovar. Sobre o ataque à Tecniplast, podemos ler: "Quando entramos no edifício, foram necessários menos de cinco minutos para garantir que a celebração fosse inesquecível... O fogo se espalhou rapidamente. Que espetáculo esplêndido iluminou a noite!" E ameaçaram: "Isto é só um aviso. A Tecniplast ainda não viu nada..."


Panetones envenenados


É difícil colocar todas as ações dessa natureza num só saco. Algumas praticamente não usam violência, como o ato do Greenpeace em Kent, mas outras são extremamente agressivas. É o caso de uma operação do braço italiano da Frente de Libertação dos Animais, que em 1998 anunciou que havia envenenado panetones produzidos pela Nestlé, em um protesto contra a decisão da empresa de adotar trigo transgênico em suas receitas. A ação obrigou a empresa a recolher o produto, a um custo superior a US$ 30 milhões.


Esse terror natalino se afasta da tradição da desobediência civil que originou a maioria dos atos de ecossabotagem. Um bom exemplo do uso da não-violência na militância é dado pelas ações navais do Greenpeace, que já no início dos anos 70 posicionava suas embarcações de modo a bloquear a passagem de baleeiros ou impedir testes nucleares.


Um dos maiores propagandistas desse tipo de militância, o escritor anarquista Edward Abbey, ganhou fama no fim dos anos 50 com o lema: "Mantenha a beleza dos EUA... queime um outdoor". Seu best-seller The Monkey Wrench Gang, de 1975, tem até hoje um batalhão de seguidores. Um dos seus personagens é visto ajoelhado no topo de uma barragem, rezando para que um terremoto destrua esta "rolha" que freava o Rio Colorado. O romance, aliás, deve virar filme em breve, com Richard Dreyfus e Jack Nicholson nos papéis principais.


Mas, como se viu no episódio dos panetones, nem todos os ecossabotadores se limitam a bloquear estradas ou orar pela intervenção da força da natureza. O grupo mais notório por sua militância agressiva é o Sea Shepherd, dissidente do Greenpeace que ganhou fama em 1986, quando dois dos seus ativistas causaram um prejuízo de US$ 1,8 milhão a uma fábrica de processamento de carne de baleia de Reykjavik, capital da Islândia, além de afundarem dois navios baleeiros - outros US$ 2,8 milhões em perdas.


Práticas extremadas como essas são freqüentemente classificadas como ecoterrorismo - conceito inadequado, porque esses ativistas costumam respeitar a vida, ao contrário dos terroristas convencionais. Mas o FBI não vê distinção. A agência já declarou que o ecoterrorismo é a principal ameaça terrorista originada dentro das fronteiras americanas. Tremei, devastadores e torturadores de animais!


*Regina Scharf é jornalista especializada em meio ambiente.

Fonte: Vermelho

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

O PÚBLICO NÃO QUER ANIMAIS EM CIRCOS!

INTRODUÇÃO

Atualmente estamos vivenciando um importantíssimo momento ético e legislativo em relação à presença de animais em espetáculos circenses.

Muitos os Estados e Municípios que atentaram para a questão, especialmente pelo crescente pleito da sociedade pelo fim da crueldade que a subsunção dos animais não-humanos aos animais humanos em circo significa. Atualmente são cinco os Estados que proíbem as apresentações, bem como mais de cinqüenta Municípios em todo o país.

Há ainda em tramitação projetos de leis em muitas cidades, alguns Estados, com destaque para a Bahia (PL 16.957/07, de autoria do deputado estadual Javier Alfaya) e também um de âmbito Federal, o PL 7291/06, tramitando atualmente na Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados.

A aprovação dos citados projetos de lei é de suma importância, conforme pode-se depreender dos argumentos que apresentaremos a seguir.

ORIGENS DA UTILIZAÇÃO DE ANIMAIS EM CIRCOS

Segundo Antônio Torres, em seu História do circo no Brasil (Funarte, 1998), é possível que a arte circense tenha suas raízes na Grécia antiga e no Egito. Os espetáculos desse período tinham a forma de procissões, cujo objetivo era celebrar a volta da guerra. Nesses cortejos, desfilavam homens fortes conduzindo os vencidos, trazidos como escravos, e animais exóticos, utilizados para demonstrar quão longe foram os generais vencedores.

Há, ainda, registros da presença da arte circense na China, onde a acrobacia era bastante popular, datados de mais de 4 mil anos. Relatos dão conta de que os chineses organizavam um festival anual desse tipo de apresentação. Dele teriam se originado os números da corda bamba e do equilíbrio sobre as mãos.

Espetáculos semelhantes ganharam força no Império Romano com a apresentação de habilidades incomuns em grandes anfiteatros, como o Circo Máximo de Roma e, mais tarde, o Coliseu, que comportava quase cem mil espectadores. Fazia parte da diversão, além da exibição de habilidades, a exposição do raro, do excêntrico, do inusitado - como animais exóticos, homens louros nórdicos, engolidores de fogo, gladiadores, entre outras atrações. No período de perseguição ao cristianismo, as arenas foram ocupadas por espetáculos de violência, como a sangrenta entrega de cristãos a felinos.

Com o passar do tempo, o impulso por divertir foi tomando novas formas e ocupando diferentes espaços. Durante séculos, artistas se exibiram em feiras populares, praças públicas e entradas de igrejas, com truques mágicos, malabarismo e outras habilidades julgadas incomuns.

Leia Mais...

Fonte: Pensata Animal

Casal processa McDonald's

Um casal americano abriu um processo contra o McDonald's depois que fotos da mulher nua, gravadas no celular que o marido esqueceu em uma das lanchonetes da rede, foram parar na internet.

O homem, Phillip Sherman, disse que avisou os funcionários do McDonald's em Fayetteville, no Estado do Arkansas, sobre o esquecimento, e ouviu a promessa de que o telefone seria guardado até que ele pudesse recuperá-lo.

Sherman disse que ele e a mulher, Tina, tiveram que mudar de casa porque as fotos foram divulgadas na internet junto com o nome dela, além do endereço e do telefone.

Eles pedem uma indenização de US$ 3 milhões, alegando que sofreram estresse emocional, constrangimento e danos morais, além de danos materiais por causa da mudança de casa.

Ofensas

Tina Sherman disse que começou a receber telefonemas e mensagens de textos ofensivos, a partir do celular do marido, depois que ele esqueceu o aparelho no McDonald's, em 5 de julho.

Pouco depois, o casal descobriu que as fotos de Tina nua, que ela havia enviado para o celular do marido, tinham sido colocadas online.

O processo também envolve o dono da franquia do McDonald's em Fayetteville e o gerente da loja, além da própria McDonald's Corporation.

Até agora, os acusados vêm se recusando a comentar o caso.

As fotos já foram retiradas do site onde foram publicadas

Fonte: BBC Brasil

Ps: é sempre bom notícias quando essa empresa lixo se ferra :)

sábado, 22 de novembro de 2008

PAVÊ DE CHOCOLATE VEGANO


Ingredientes:

.
1 pacote de bolacha de maisena 100% vegetal
1 litro de leite de soja
2 colheres (sopa) de cacau em pó
1 e 1/2 xícara de açúcar demerara (usei açúcar refinado e coloquei 1 xícara)
5 colheres (sopa) de maisena
250 ml de suco de sua preferência (usei suco de maracujá e a combinação ficou ótima, refrescante)
1 xícara de chocolate meio amargo sem leite (picado)
.
Preparo:
.
Reserve 1/2 xícara de leite para dissolver a maisena e o cacau. Em uma panela, coloque o restante do lete e adicione o chocolate, o açúcar, a maisena e o cacau nessa ordem. Em fogo baixo, mexa até obter uma consistência cremosa e espere esfriar. Em uma forma refratária, vá alternando camadas de creme e de bolachas molhadas no suco.
.
Fonte: Revista dos Vegetarianos - número 7




Fonte: Cozinha Vegetariana

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

A Carne é Fraca - Sbt Brasília

Sbt A Carne é Fraca

Filosofia do descaso II

Por que trabalhar o conceito de especismo nas aulas de Filosofia no Ensino Médio? O que o especismo e sua superação, o veganismo, tem a ver com filosofia?

Bom, para defender a necessidade mais que urgente de se trabalhar o conceito de especismo nas aulas de Filosofia no Ensino Médio fundamentarei-me nas três características comumente atribuidas à filosofia nas obras sobre a filosofia e seu ensino e filosofia no Ensino Médio, que são: a filosofia como pensamento conceitual, como saber que se faz dialogicamente e como pensar crítico-radical.

Na prática diária do ensino de filosofia percebe-se, nitidamente, tanto por parte dos docentes, quanto pelos manuais introdutórios à filosofia, que o trabalho conceitual realizado não passa de reprodução dos conceitos "batidos" da história da filosofia, cabendo aos alunos copiar, decorar e, em raríssimas exceções, uns seis alunos sairão do ensino médio sabendo o que Marx quis dizer com ideologia, Locke com propriedade e Aristóteles com potência e ato.

O hábito de divinizar as grandes mentes da história da filosofia e seus respectivos conceitos, impede os professores de filosofia do Ensino Médio de pô-los em xeque, ou, o que é melhor, partir deles para uma nova visão.

É nesse momento que entra a importância de trabalhar o conceito de especismo e, principalmente, a abolição de sua prática, com os jovens alunos. Pois, o descaso com a naturalização de tal preconceito é oriundo da miopia intelectual, da incapacidade dos docentes de questionar criticamente os discursos (e posturas provenientes deles) dos deuses do Olimpo especistas filosófico e científico.

Especismo é um conceito novo, mas, sua prática é milenar. Ele está na pirâmide ética-biológica de Aristóteles, na moral cristã tomista, no animal máquina cartesiano, na ciência moderna e contemporânea, na indústria cultural atual e na prática diária de nossos jovens alunos.

No entanto, para o professor de Filosofia que queira desenvolver uma reflexão, uma análise e uma proposta de superação dessa base filosófico-científico de biocídios é necessário manter um intenso diálogo com as ciências, com a própria filosofia e, não menos, com seus alunos. É através do confronto de idéias, do debate participativo com os alunos que vá além de uma simples "roda de discussão" , de uma conexão direta com os outros saberes com o objetivo de romper com o já estabelecido, que a filosofia no seu carácter dialógico apresenta-se como arma, como ferramenta contra a milenar exploração do não-humano.

O diálogo filosófico parte de questionamentos, questionamentos nascem das dúvidas e as dúvidas originam-se do descontentamento, da desconfiança, do desconforto diante de um estado de coisas, tradicionalmente, estabelecido e inalterado. É desse descontentamento, das inquietações com a realidade à volta que surge a filosofia como um pensar crítico-radical.

Sem dúvida, sem suspeita, sem ceticismo, a filosofia nunca cumprirá com sua verdadeira função social, como bem disse Horkheimer, que se encontra na crítica ao que está estabelecido. O fato de nossos jovens não serem formados para contestar, discordar, desobedecer, duvidar, é um infeliz indicativo de que o carácter dialógico da filosofia e sua espinha dorsal, o pensar crítico- radical não faz mais parte da prática docente filosófica.

Quando se fala de uma prática docente quietista, reacionária, é interessante notar que - paradoxalmente - a alegoria da caverna de Platão tem um lugar de honra nas aulas de filosofia. Porém, que uso é feito dessa belíssima passagem da República: político, gnosiológico, pedagógico? Acredito que nenhum deles. Como é possível uma pessoa que se diz professor de filosofia não procurar sair da caverna ideológica do consumo imoral de produtos extraídos sob tortura de seres tão sensíveis quanto ele mesmo?

O que falta para os atuais professores de filosofia saírem de suas cavernas antropocêntricas, especistas, mecanicistas? Um daimon? Passar por um processo maiêutico às marretadas? A filosofia que eles arrotam em sala de aula não lhes admira mais? Não lhes espanta mais?

A poltrona da passividade (entenda-se imoralidade) que está no fundo da caverna do descaso é demasiadamente aconchegante, impedindo que os docentes de do Ensino Médio tirem suas bundas de lá e, realmente, cumpram com sua função filosófica de questionar a si mesmos, criticamente, revendo seus hábitos e discursos. Enquanto essa utopia não se concretiza, a juventude orfã de filosofia e crítica - mas adotada por um pai anthropos e uma mãe cartesiana - , continuará sendo vítima (e reprodutora) de um sistema econômico, científico e cultural especista, ou seja, biocida.

As filiais de Auschwitz, Treblinka e Sobibor estão funcionando 24 horas por dia, sete dias por semana em quase todos os países do mundo. Essas filiais continuam funcionando a todo vapor com o aval de quase toda população mundial simplesmente, porque o "produto" processado lá dentro mudou: saiu o humano e entrou o não-humano. Tal atitude com o primeiro é, eticamente, condenável, com o segundo... a aceitação desses campos de concentração de não-humanos é fruto de um ensino banalizador do mal, da aceitação do inaceitável, de uma filosofia que não ensina a reaprender a ver o mundo. Eis a filosofia do descaso.

Filosofia do descaso é falar da filosofia como pensamento conceitual, dialógico e, como crítica radical, sem pensar o conceito de especismo e seus correlatos - biocídio, desigualdade, injustiça - sem dialogar com as ciências "da vida" e as humanidades especistas sua incoerências. Conclusivamente, filosofia do descaso é se dizer crítica radical e não ir na raiz da produção alimentar, vestuária, das experiências biomédicas e das práticas lúdicas e esportivas sádicas que utilizam outras espécies.

Em oposição a essa filosofia do descaso, imoral, servil e passiva que é ensinada hoje, surge uma nova filosofia chamada: veganismo. A filosofia vegana é, como expressou Savater, um "elemento de guerrilha e resistência contra os dogmas que querem nos impor". O veganismo, como materialização da filosofia como pensamento crítico radical, assume a função de demolidor do status quo, da tradição moral especista e antropocêntrica. A filosofia vegana não propõe reforma e sim abolir a moral tradicional.

A crítica vegana é profunda e radical, incomoda e provoca, pois, defronte à ordem e o progresso, é subversiva. Por isso, o veganismo pressupõe coragem e persistência diante do risco. A coragem da filosofia vegana de questionar e lutar pela abolição dos valores e crenças estabelecidos é contraposta pela covardia e preguiça intelectual daqueles que preferem o caminho mais fácil de sempre aceitar o que é conhecido, o dado, o estabelecido acriticamente.

Fonte: Pensata Animal

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Hare Hare plugado no mundo

Todo (ou quase) morador da capital sabe identificar os representantes do movimento Hare Krishna que estão sempre espalhados pelas ruas, pregando e pedindo colaborações. Usam roupas largas e claras, às vezes esvoaçantes, carecas e de rabo de cavalo, livrinhos nas mãos, abordagem delicada. São os chamados vaishnavas, que consideram Sri Caitanya Mahaprabhu uma encarnação do Senhor Krishna. Nos últimos anos, no entanto, os sempre afáveis e insistentes Hare Krishnas ou vaishnavas se globalizaram, se modernizaram… E continuam pregando pelas ruas, claro. E já falam em Deus, em vez de usar nomes hindus complicados que poucos entendem.

Shadu nasceu em Lima, no Peru, com outro nome (que hoje consta só do seu registro de nascimento, já que agora só usa o nome hindu). Adotou São Paulo e, aos 36 anos, mora num templo e leva, diariamente, a filosofia para as ruas da cidade. Para quem se interessa pela conversa, Shadu (que não é totalmente careca, embora tenha o rabinho, porque diz sentir muito frio), avisa logo que tem perfil no Orkut, dá o numero do seu celular e a home page do templo em que mora, em Pindamonhangava (a 160 km da capital), a fazenda Nova Gokula, que tem também pousada para quem quer passar um fim de semana em paz espiritual, na busca da consciência, do eu interior.

Vaishnava, tradição monoteísta com milhões de seguidores na Índia e no Ocidente, é o tronco principal do “complexo filosófico” chamado hinduísmo. Os seguidores não comem carne de nenhum tipo e distribuem alimentos lacto-vegetariano às populações menos favorecidas. É o Comida para a Vida… Shadu avisa que a tecnologia não pode ser ignorada, deve ser usada a favor do homem, como instrumento da evolução espiritual. Mas jamais para escravizar o ser humano. Hare Krishna / Hare Krishna / Krishna / Krishna / Hare Hare / Hare Hama / Hare Hama / Harama / Hare Hare / Hare Hamaaaa….

Fonte: Época

‘Dia Animal’ ocorre neste sábado

Quem estiver à procura de um animal de estimação, terá a chance, no sábado, de adotar cães e gatos, filhotes ou adultos, na 48ª. versão do ‘Dia Animal’, realizado pela Semam.


O evento acontece na Praça Dr. Caio Ribeiro de Moraes e Silva, em frente ao Sesc, na Aparecida, das 14h30 às 18h30. Lá, as pessoas irão encontrar os animais recolhidos das ruas e tratados pela Seção de Vigilância e Controle de Zoonozes (Sevicoz) e ONG Defesa da Vida Animal.

Para fazer a adoção é necessária a apresentação do RG, CPF e comprovante de residência. O responsável só levará o cão ou gato para casa, após receber orientações sobre o Programa e Posse Responsável de Animais, além de assinar um Termo de Posse Responsável, tudo para garantir a qualidade de vida, prevista na legislação federal, tanto para a família, quanto para o animal. O ‘Dia Animal’ é promovido pela prefeitura, com apoio da Escola de Veterinária do Unimonte e do Sesc.

Fonte: A Tribuna

Surto de clostridiose atinge animais

A Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) alerta produtores de bovinos, principalmente da bacia leiteira, a vacinarem seus rebanhos contra as clostridioses. Há cerca de um mês, a região tem apresentado casos da doença.

Neste período, mais de 30 animais já morreram em decorrência da enfermidade. ?Os sintomas são parecidos com os da raiva: febre alta e paralisia dos membros. Os animais morrem, em média, em 8 a 10 dias, e só as vacinas podem garantir uma proteção adequada do rebanho?, explica Cícero Cavalcante, gerente de Defesa e Inspeção Animal da Adeal, que recomenda ainda enterrar os animais mortos para evitar a propagação da bactéria.

As clostridioses são causadas por bactérias do gênero clostridium, normalmente presentes no solo e no tubo digestivo dos animais, mesmo sadios. Os clostrídeos produzem poderosas toxinas, responsáveis pelos sintomas e lesões observados nos animais doentes. Além de bovinos, também são responsáveis por surtos de mortalidade em ovinos e caprinos.

Essas enfermidades ocorrem em todo o país e, dependendo do tipo de bactéria, podem ser caracterizadas como botulismo, enterotoxemias, carbúnculo sintomático (ou manqueira), gangrena gasosa, tétano, morte súbita por clostrídeos e hemoglobinúria bacilar. ?A Adeal está programando coletas de material nos animais doentes para identificar qual o tipo de bactéria que tem causado esse surto de mortalidade?, diz Cavalcante.

Para evitar as mortes por clostridioses o pecuarista deve realizar a vacinação observando o manejo correto durante a aplicação: Manter a vacina na geladeira ou em isopor com gelo (2 a 8°C), até o momento da aplicação; não congelar; lavar e esterilizar por fervura seringas e agulhas; utilizar sempre material limpo; não usar desinfetantes; trocar a agulha com freqüência; não utilizar agulhas rombudas ou de grosso calibre; agitar o frasco antes de usar; aplicar a vacina na tábua do pescoço, evitando locais sujos com barro ou esterco; realizar a vacinação com calma, sem correrias ou muito estresse para os animais; não guardar frascos com vacina já usada; utilizar todo o frasco uma vez aberto; restos de vacinas não utilizadas devem ser destruídos.

Em caso de dúvidas, o produtor pode ligar gratuitamente para 0800 82 0040.

Fonte: Alagoas 24horas

Nosso racismo social

Em dias de apoteose para a consciência negra, com Barack Obama angariando a presidência dos EUA, o mundo vem sendo convidado a debater e criar esperanças pela queda do racismo branco contra afrodescendentes. Bem que esse êxito do havaiano poderia significar um sinal dessa enormemente desejável tendência no mundo, mas, pelo menos aqui no Brasil, se andarmos um pouco pelas ruas, não é isso que se percebe, vide o meu testemunho.

Em algumas andanças recentes na orla de Boa Viagem, aqui em Recife, uma realidade me deixou um tanto atormentado em relação ao nosso forte racismo social. Bem que eu tentava em meus desejos dar àquilo um caráter de distribuição aleatória, mas não deu. Ficou óbvio que a maioria dos alugadores de cadeiras e outros trabalhadores de baixa renda ali presentes tinha a pele de marrom a preta, enquanto os passeantes que se vestiam mais “ricamente” eram brancos. Do mesmo jeito me sinto quando, pelas ruas do mesmo bairro, percebo que tão poucos limpadores de pára-brisas têm pele branquinha, em contraste praticamente grosseiro com as garotas bem vestidas que andam por ali. Claro que isso não era/é um detalhe generalizante, seria burrice dizer que sim, visto que muitos morenos e negros que avistei nas minhas caminhadas ostentavam uma aparência de conforto sócio-econômico e alguns brancos estavam de fato em ocupações pobres.

Outro fator testemunhado foi que, em minha turma concluinte de Gestão Ambiental, apenas cinco entre 32 colegas tinham pele escura, detalhe que efervesce os defensores das cotas. Nos corredores do Cefet, a turma mais escura de pele se concentrava nos cursos de mecânica, edificações e outros técnicos, de nível médio, enquanto rareava mais nos tecnológicos, de nível superior.

Detalhes de segregação social entre a maioria dos brancos e a dos negros no Brasil como esses podem ser encontrados aos montes por aí, e muito freqüentemente geram opiniões absurdas como “nêgo é pobre porque é nêgo mesmo”, as quais põem em séria dúvida a crença de que “o brasileiro não é racista”. Já-já a idéia das cotas reaparece na roda de conversa, e então me obrigo a dizer: ah se uma cota resolvesse tudo em vez de apenas dar a impressão forçada de equalização sócio-racial... Imaginem vocês o poderoso efeito de percepção de estabelecer que 20% dos apartamentos de edifícios de classe média-alta fossem reservados para famílias ou indivíduos de pele escura. Aí todo mundo iria dizer, na ilusão, “essa medida é ótima!”.

Há-se de perceber que o racismo social no país vai muito além de cotas. É, como já se diz muito, um processo histórico de longas datas que medidas paliativas como destinar tal porcentagem de vagas em alguma oportunidade estão bem longe de esboçar um conserto – mas apenas forçam uma aparência de progresso no ajuste das diferenças – e que requer ainda muito debate e quebra de cuca para elaboração de políticas. Não há uma fórmula mágica para balancear o contraste entre a notada maioria branca socialmente favorecida e a negra em desvantagem, mas algo que daria bem certo, embora pareça utopia no Brasil, seria acolher e comprometer-se politicamente com as necessidades de todos aqueles das comunidades humildes. Isso favoreceria e elevaria sabe quem? Aquela maioria negra cujas carências atormentam aqueles que, como eu, desejariam que a distribuição sócio-racial fosse meramente aleatória. Aí sim que o nosso racismo social, como o fato de a maioria dos trabalhadores informais das praias ter pele muito escura, seria abrandado e a distribuição sócio-racial da população estaria mais próxima da igualdade.
Sobre o Autor

Estudante e articulista amador, é engajado na transmissão de uma nova visão de mundo, livre de absurdos e valores violentos tratados como normais, para as pessoas desde setembro de 2007. Defensor animal, vegano e ateu, dá preferência a assuntos como direitos dos animais, ética, sociedade e educação.

Fonte: Olhar Direto

Fêmeas de macaco se comunicam mais...

As fêmeas de macaco utilizam mais a comunicação sonora que os machos e "conversam" mais entre elas que com o outro sexo, segundo uma pesquisa publicada hoje pela revista britânica "New Scientist".

Uma equipe de cientistas da Roehampton University de Londres estudou as relações em um grupo de macacos e explica que a natureza comunicativa destas fêmeas tem como objetivo manter e fortalecer os vínculos sociais.

Segundo os pesquisadores, esta descoberta reforça a hipótese de que a linguagem humana evoluiu para forjar laços entre os indivíduos e estabelecer sociedades organizadas.

A equipe científica, liderada por Nathalie Greeno e Stuart Semple, partiu desta hipótese para assegurar que também nas espécies de animais com amplas redes sociais, como os macacos, os intercâmbios de sons representam um grande papel para a comunidade.

Para demonstrá-lo, estudou durante três meses a comunicação sonora estabelecida em uma comunidade de 24 macacos, 16 deles fêmeas e 8 machos, na ilha de Cayo Santiago (Porto Rico).

Os cientistas registraram os grunhidos, arrulhos e "conversas amistosas" estabelecidas entre os indivíduos e ignoraram os sons relacionados com a comida ou a presença de um predador.

As fêmeas de macaco usaram essa forma de comunicação 13 vezes mais que os machos e o fizeram mais entre elas que com o outro sexo.

Estes resultados, segundo os pesquisadores, sugerem que as fêmeas dependem mais da comunicação vocal que os machos por sua necessidade de manter as redes sociais.

Além disso, como elas passam toda a vida na mesma comunidade, frente aos machos que vagam de um grupo para outro, formam vínculos sólidos e duráveis e confiam em suas companheiras para cuidar de sua descendência.

Os machos, ao contrário, se comunicam em igual medida com ambos os sexos.

Os cientistas dizem que é a primeira vez que foram identificadas diferenças na comunicação animal em função dos sexos.

Fonte: Terra

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Vestibular da UNICAMP propõe reflexão

Vestibular da UNICAMP propõe reflexão sobre relação do homem com os animais

Os quase 47 mil candidatos que estiveram presentes ao vestibular 2009 da UNICAMP receberam uma coletânea de artigos e a proposta de redação sobre o tema "O homem e os animais", em especial sobre a questão do uso de animais em experimentos científicos.

Um dos textos da coletânea é trecho de um artigo publicado no site Sentiens / Pensata Animal. Trata-se de Promotoria de Defesa Animal, de autoria de Laerte Fernando Levai, promotor de justiça em São José dos Campos/SP, reproduzido abaixo:

... O fundamento jurídico para a proteção dos animais, no Brasil, está no artigo 225 da Constituição Federal, que incumbe o Poder Público de “proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção das espécies ou submetam os animais à crueldade”. Apoiada na Constituição, a Lei 9605, de 1998, conhecida como Lei de Crimes Ambientais, criminaliza a conduta de quem “praticar ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”. Contudo, perguntas inevitáveis surgem: como o Brasil ainda compactua, em meio à vigência de leis ambientais avançadas, com tantas situações de crueldade com os animais, por vezes aceitas e legitimadas pelo próprio Estado? Rinhas, farra do boi, carrocinha, rodeios, vaquejadas, circos, veículos de tração, gaiolas, vivissecção (operações feitas em animais vivos para fins de ensino e pesquisa), abate, etc. – por que se mostra tão difícil coibir a ação de pessoas que agridem, exploram e matam os animais? (Adaptado de Fernando Laerte Levai, Promotoria de Defesa Animal. www.sentiens.net, 04/2008.)"

A proposta de redação pode ser vista na íntegra no site da universidade ou na Pensata Animal (formato PDF).

“São vários aspectos sobre a proteção da fauna, sobre a vivisecção e toda a legislação aprovada esse ano, como o projeto da Lei Arouca que disciplina o uso científico dos animais. Até uma fotografia tirada durante a realização da 60ª Reunião Anual da SBPC, realizada esse ano na Unicamp, sobre uma manifestação de militantes da ONG Vegan Staff foi utilizada...”, disse o coordenador-executivo da Comissão Permanente do Vestibular da Unicamp, Leandro Tessler, em matéria publicada no site da universidade sob o título A relação entre o homem e os animais é o tema do Vestibular 2009.

Além dos candidatos às vagas na Unicamp que prestaram vestibular, espera-se que milhares de outros alunos sejam levados a refletir sobre o tema, uma vez que provas já aplicadas são utilizadas em escolas e em cursos preparatórios para os vestibulares.

Fonte: Pensata Animal

Da idéia do valor inerente

Da idéia do valor inerente à abolição da exploração animal

Luciano Carlos Cunha
Qua, 19 de Novembro de 2008 00:00

(Texto da palestra apresentada no dia 28 de outubro de 2008, na mesa redonda em homenagem à Prof.ª Dra. Sônia T. Felipe, no Seminário de Ética e Filosofia Política da UFSC).

Proponho-me, nessa apresentação, a mostrar como, a partir da ênfase na coerência moral e nas exigências formais de um princípio ético (universalizabilidade, generalidade e imparcialidade), elementos muito presentes na obra da Prof.ª Dra. Sônia T. Felipe, chega-se a uma posição abolicionista quanto ao uso de animais. Para tal, valho-me da análise dos conceitos de valor inerente e vulnerabilidade, elementos básicos na teoria de direitos desenvolvida pelo filósofo Tom Regan, um dos autores, dentre outros, que tive oportunidade de conhecer a argumentação a partir das aulas e escritos da professora Sônia T. Felipe. Não reconstituo aqui a argumentação que faz a ponte, na proposta de Regan, entre o reconhecimento do valor inerente e o surgimento de direitos. Para a compreensão do que abordo aqui, basta lembrar que os direitos defendidos por Regan na obra The Case for Animal Rights, são direitos morais básicos. Diferentemente de direitos adquiridos, os direitos básicos seja são independentes da performance de quaisquer atos e do lugar que se ocupa nos arranjos institucionais. Diferentemente dos direitos legais, não dependem de estarem declarados na forma de lei, e nem variam de acordo com a época ou de acordo com diferentes sociedades. Ao invés, precisam estar amparados num princípio ético universalizável, ou seja, capaz de ser compreendido e aceito por qualquer ser dotado de razão[1].

Uma das exigências de todo julgamento, para que possa ser classificado como um juízo ético, segundo toda uma tradição que funda a ética na razão, é a imparcialidade. Há uma ligação da imparcialidade com o princípio formal da justiça, aquele que exige dar aos indivíduos o que lhes é devido. Não se cumpre tal exigência quando indivíduos similares são tratados dissimilarmente, ou quando indivíduos diferentes são tratados similarmente. O princípio é formal porque ele não especifica o que é devido aos indivíduos. Apenas diz: seja o que for devido, a justiça não é feita se indivíduos são tratados diferentemente sem se citar uma característica moralmente relevante que justifique o tratamento diferente, ou se indivíduos são tratados de forma igual a despeito de características moralmente relevantes que apontem que, devido às diferenças, o tratamento diferente é necessário moralmente.

A interpretação normativa do princípio formal da justiça como a igualdade dos indivíduos, incorporada por Regan, envolve ver certos indivíduos como dotados de valor em si mesmos, que o autor denomina valor inerente. Esse valor é (a) conceitualmente distinto do valor intrínseco que é atribuído às experiências que os indivíduos possuem (por exemplo, prazeres e satisfações de preferências); (b) não é redutível ao valor intrínseco - não se pode determinar o valor inerente de alguém por totalizar o valor intrínseco de suas experiências - aqueles que possuem vidas mais prazerosas não possuem mais valor inerente do que os que possuem vidas menos prazerosas e vice-versa, nem aqueles que tem mais preferências cultivadas possuem mais valor inerente do que os que não têm e vice-versa; (c) incomensurável com o valor intrínseco, tanto de suas experiências quanto com o valor intrínseco das experiências de qualquer outro indivíduo, ou seja, os dois valores não são comparáveis e não devem ser tomados um pelo outro dado que o valor inerente não é quantificável, nem em quaisquer soma de valor intrínseco de suas experiências nem totalizando o valor intrínseco de experiências de outros indivíduos. Ver sujeitos morais (agentes ou pacientes) como possuidores de valor inerente é vê-los diferentemente de, e como algo mais do que, meros receptáculos daquilo que é intrinsecamente valioso.

Regan defende a não-quantificação do valor inerente, porque, se admitidos graus, será preciso algum critério para se determinar a quantidade de valor inerente - o que poderá ser qualquer coisa como pertencer a tal raça, sexo, espécie ou, como nas teorias perfeccionistas, a posse de certas virtudes. Admitir então, graus de valor inerente seria abrir uma porta para visões perfeccionistas de justiça, que poderiam requerer, enquanto uma questão de justiça, escravizar aqueles que tivessem menor valor inerente para servir aos que tivessem mais. Como tal teoria de justiça é inaceitável, todos os que possuem valor inerente, o possuem igualmente.

O valor inerente não aumenta nem diminui: (a) De acordo com aquilo que se faz ou se deixa de fazer: o santo não tem mais valor inerente do que o criminoso e vice-versa. (b) De acordo com o indivíduo ser útil aos interesses de outros indivíduos: o filantropo não tem mais valor do que o vendedor inescrupuloso, e vice-versa. (c) De acordo com o indivíduo ser o objeto de interesse de outros indivíduos; o indivíduo amado não tem mais valor inerente do que aquele que ninguém se interessa pelo seu bem-estar e vice-versa. O valor inerente é essencialmente igualitário e não-perfeccionista.

Em virtude do valor inerente de agentes morais não aumentar ou diminuir de acordo com sua felicidade comparativa ou a soma de seus prazeres sobre as dores, seria arbitrário manter que pacientes morais possuem menor valor inerente porque seu leque de experiências é menor do que o de agentes morais. Além disso, devido à característica do valor inerente dos agentes morais não variar de acordo com a posse de certas virtudes ou de acordo com sua utilidade aos interesses de outros sem se abrir a porta para injustiças do tipo presentes nas teorias perfeccionistas, não se pode sustentar sem arbitrariedade a exclusão de pacientes morais da atribuição desse valor.


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Fonte: Pensata Animal

Sobre a falsa perda de valores

Leon Denis
Qua, 19 de Novembro de 2008 00:00

"Ora, toda tradição se torna mais respeitável à medida que fica mais distante a sua origem, quanto mais distante a sua origem, quanto mais esquecida for esta, o respeito que lhe é tributada aumenta a cada geração, a tradição se torna enfim sagrada, despertando temor e veneração..."
Nietzche

Já há algum tempo tenho ouvido muito estas expressões: "hoje em dia eles [os jovens] já não têm mais valores", "há uma inversão dos valores", "há uma falta de valores", entre outras, sempre no sentido de que a atual juventude já não dá a mínima para os valores propagados pelos pais, pela religião, pela sociedade, etc. Esse pensamento procede? De quais valores se trata?

Bom, os únicos valores, realmente valores, numa sociedade especista são: a sacralidade da vida humana, respeito (ao humano), justiça (para o humano), compaixão (ao humano), dignidade (do humano), não-violência (com o humano), entre outros.

Trabalho com um público de 15 e 16 anos, em sua grande maioria. E com o desenrolar de minhas argumentações em sala de aula a favor da abolição de todo tipo de uso que tradicionalmente se faz dos animais não-humanos para benefício humano, comecei a perceber que tal acusação - comumente feita por pais e professores - de que os jovens não têm mais os valores (cristãos- burgueses) que regem nossa sociedade, não procede, não tem o mínimo fundamento, ou melhor, se fundamenta numa má interpretação da realidade juvenil.

Pois bem, o que leva pais e professores à conclusão de que seus filhos e alunos não seguem os valores por eles ensinados?

1) Os jovens têm uma forte tendência a se rebelarem contra as imposições dos pais e o autoritarismo dos professores;

2) Jovens se opõem aos pais e aos professores, não cumprindo o que mandam ou fazendo o oposto;

3) Ou sua maneira de se opor é fazendo-os acreditar que tudo que falam não quer dizer nada (o que não é muito difícil).

O desdém praticado com tanta maestria pelos jovens aos ensinamentos familiares e escolares leva seus responsáveis à falsa idéia de que não dão importância aos valores, tão caros a nossa sociedade especista.

Agora vamos às experiências que me fizeram chegar à conclusão de que é falsa a idéia da falta de valores (antropocêntricos) na juventude.

Bom, procuro em sala de aula levar às últimas conseqüências aquilo que acredito ser a base da filosofia: a dúvida. De omnibus dubitandum, principalmente do óbvio. E é aqui que está o ponto central da questão: duvidar do óbvio. "É óbvio que os animais não pensam, só o homem é racional", "É óbvio que Deus fez os animais para nos alimentar", "É óbvio que estamos no topo da cadeia alimentar", "É óbvio que sem testes em animais voltaremos à Idade Média", "É óbvio que sem leite de vaca terei osteoporose", "É óbvio que sem carne ficarei anêmico e sem proteína". Todos esses óbvios e muitos outros são ditos pelos alunos como forma de rebater os argumentos que apresento em defesa do veganismo e do direito animal. E é óbvio que esses óbvios foram ensinados pelos familiares e professores aos jovens desde a mais tenra idade.

Opa! Esqueci de um pequeno esclarecimento conceitual: quando uso o termo óbvio, refiro-me ao "com certeza", do pai que diz ser essencial para a saúde do filho o copo de leite pela manhã e o bife no almoço. Ao "é indiscutível" que Deus os fez e os pôs a nossa disposição, pois está na Bíblia como dizem os porta-vozes de Deus na Terra. Ao "não seja bobo" fulano, os bichos agem por instinto, só o homem fala e pensa, só ele é racional, como dizem tantos docentes aos seus alunos durante anos.

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Fonte: Pensata Animal

terça-feira, 18 de novembro de 2008

O Urso polar e o aquecimento global

Pesca predatória

Modelos Contra pele!

Sua Mãe Mata Animais?






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Tofu é queijo?

O conhecido queijo de soja é valorizado na alimentação, sobretudo por ser fonte de proteína

Interessados em manter uma alimentação saudável e com valor nutricional já devem ter ouvido falar do tofu. Esta iguaria de nome estranho é nada mais do que o ´queijo´ de soja.

Há quem diga que o tofu foi descoberto por monges budistas chineses por volta do século VIII antes de Cristo e popularizado no Japão, séculos depois. Ele é obtido por meio do leite de soja que, cozido e processado, deriva em uma espécie de coalhada, rica em proteínas, minerais e outras vitaminas e livre de gorduras saturadas.

Tal combinação agrada em cheio aos amantes da cozinha vegetariana, macrobiótica e àqueles que não podem consumir derivados do leite de origem animal, devido a intolerância à lactose.

Substituição à altura

Para quem deixa de comer carne e consome só alimentos de origem vegetal, é difícil substituir as proteínas animais pelas vegetais, pois estas não são concentradas como as primeiras. ´Eu teria que comer quatro quilos de arroz ou trigo, por dia, para recuperar a quantidade que 150 gramas de carne me propiciam. O tofu consegue oferecer a justa quantidade protéica a uma pessoa que deixa de comer proteínas animais, pois é muito concentrado´, garante Matteo Tarter, empresário italiano que, há seis meses, montou em nossa cidade uma empresa especializada no produto.

Já a nutricionista Armênia Uchôa de Mesquita, que também é professora do curso de Nutrição da Universidade de Fortaleza (Unifor) faz restrições à classificação do tofu como um tipo de queijo. ´Não existe o leite de soja. Ele seria um substituto do leite, mas que não tem a mesma origem. Um é produto animal, o outro vegetal. Na realidade, é um alimento que provém de uma leguminosa´, pondera a estudiosa.

Não obstante a isso, Armênia considera o leite de soja e o tofu, seu derivado, ´substitutos perfeitos´ para quem tem alergia ou intolerância à lactose.

A especialista acrescenta que esse produto pode ajudar a conter um hábito perigoso. ´A quantidade que nós precisamos de gordura animal é muito pequena. E as pessoas comem demais a proteína animal. Usando a proteína de uma leguminosa, que possui bem menos gordura, a gente está fazendo uma prevenção das doenças degenerativas´, pondera.

Além de seu valor nutricional na cozinha, o ´queijo´ de soja pode integrar inúmeras receitas. ´O tofu não tem limites. Pode ser cortado em cubinhos, como um elemento protéico de uma sopa, pois absorve o gosto dela. Pode, ainda, entrar numa salada. Cozido num macarrão, seja frio ou quente, ou ser grelhado, frito, ensopado, cozido com molho, tipo estrogonofe. O único limite é a fantasia da pessoa que está cozinhando´, explica Tarter.

Com tantas qualidades, o ´queijo´, assim como outros produtos derivados da soja, há tempos deveriam ter caído no gosto popular e dos cearenses. Entretanto, ainda não é o que se observa. É de praxe as pessoas reclamarem da ausência de um atributo essencial para que um produto alimentício ganhe mercado: o sabor.

Na realidade, o tofu não tem gosto ruim pois possui um sabor mais neutro. Tarter afirma que, ao contrário do que muitos pensam, isso acaba sendo uma qualidade inerente ao produto. ´Muitas pessoas, na primeira vez que vão comer o tofu, comem como é vendido (natural), tendo uma grande decepção. É como comer arroz branco preparado sem sal e sem tempero´, argumenta.

O ideal no consumo do tofu é torná-lo parte integrante das receitas. O ´queijo´ de soja consegue absorver qualquer tipo de molho, tempero, ou aroma adicionado a ele. Tarter dá algumas sugestões exóticas, como ´peixada´ de tofu, ou ´moqueca´ de tofu, preparado com coentro, leite de coco, tomate, pimentão, absorvendo totalmente estes gostos e aromas. ´É muito fácil transformar uma coisa que é aparentemente ruim e insossa em uma coisa muito gostosa´, diz.

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Fonte: Diário do Nordeste

Animais obesos competem para perder peso

Competição tem sete cachorros e um gato que, juntos, pesam 191 quilos.
Vencedor será coroado e ganhará fim de semana de descanso com o dono.

Oito dos animais de estimação mais gordos do Reino Unido vão participar de uma competição de cem dias, envolvendo dieta e exercícios, para saber quem será o campeão de emagrecimento. No total, os sete cachorros e um gato participantes pesam 191 quilos e precisam perder mais de 74 quilos – “o equivalente a um David Beckham”, compara a organização beneficente PDSA, que organiza a competição.

O animal que no período de três meses conseguir a maior porcentagem de perda de peso será coroado e ganhará um final de semana de descanso com seu dono. Segundo a PDSA, 30% dos animais de estimação na Inglaterra estão acima do peso, o que representa um total de 1,95 milhão de cachorros considerados gordos.

O único gato da competição é Tinks, de 13 anos, com 9,8 quilos e 96% de taxa de sobrepeso. Quando seu dono, Bruce Brine, adotou o gato há seis anos, ele pesava 11 quilos. Tinks tem problemas de coração e passa a maior parte do tempo dormindo.

É possível acompanhar o progresso do gato aqui, enquanto esta página traz informações sobre outros participantes.

“Além das porções diárias de ração, os donos geralmente mostram seu carinho com os animais dando comida de humano, como queijo, torrada com manteiga e biscoitos. Eles não percebem que, com esse carinho, estão na verdade matando seus animais”, disse Sean Wensley, veterinária da PDSA.

Fonte: G1


segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Um comentário sobre a violência

Texto pertencente ao Blog pessoal de Gary Francione
13 de agosto de 2007

Perguntam-me, com freqüência, qual a minha posição quanto às pessoas que apóiam o uso da violência contra os exploradores de animais.

Minha resposta é simples: eu sou violentamente contra a violência.

Tenho três razões para minha posição.

Primeiro, na minha opinião, a posição dos direitos animais é a rejeição final à violência. É a afirmação última da paz. Eu vejo o movimento pelos direitos animais como a progressão lógica do movimento pela paz, que procura cessar os conflitos entre os humanos. O movimento pelos direitos animais procura, idealmente, dar um passo adiante e cessar os conflitos entre os humanos e os não-humanos.

A razão pela qual nós estamos nesta confusão global de agora é que, ao longo de toda a história, praticamos, e ainda continuamos a praticar, atos de violência que tentamos justificar como um meio indesejável para chegar a fins desejáveis. Qualquer pessoa que já tenha usado de violência alega que lamenta ter precisado recorrer a ela, mas argumenta que um objetivo desejável justificou seu uso. O problema é que isso possibilita um ciclo interminável de violência, onde qualquer pessoa com uma forte convicção a respeito de alguma coisa pode adotar o uso da violência contra os outros como um meio para a finalidade de um bem maior, e aqueles que são o alvo dessa violência podem encontrar uma justificação para sua própria resposta violenta. E assim por diante.

Isso se trata de um pensamento moral conseqüencialista, e está destruindo o mundo e levando a algumas estranhas contradições. Uma grande parte do Ocidente afirma abraçar o cristianismo. Ainda que o Novo Testamento não seja muito claro sobre algumas questões, certamente deixa claro que a violência deve ser rejeitada. No entanto, líderes supostamente cristãos, junto com seu eleitorado supostamente cristão, justificam as mais violentas ações com uma pretensa grande relutância, a fim de obter um suposto bem maior, seja lá qual for. Aqueles contra os quais esses atos de violência são perpetrados também alegam abraçar religiões que rejeitam a violência, mas acham justificável usar a violência para responder ao ataque. Então, temos toda essa gente alegando que rejeita a violência por uma questão religiosa fundamental, mas praticando a violência mesmo assim. E nós dizemos que os humanos são racionais e os animais, não!

Leia Mais...

Fonte: Pensata Animal

Dia Internacional Vegano discute direitos dos animais

O quê?: Dia Internacional Vegano
Quando?: 22 e 23 de novembro, das 14:00 às 22:00
Onde?: CEFET MG. Unidade VI, Avenida Amazonas, 5855, Nova Gameleira. Belo Horizonte, MG.
Quanto?: entrada franca. Não é necessário inscrever-se.
Informações: (31) 9778-1368 e (31) 8722-4374
Sítio: http://www.gato-negro.org/diavegano

PROGRAMAÇÃO

Dia 22 (SÁBADO)

14:00 – 14:30
Abertura

14:30 – 16:30
Palestra: Direitos Animais, uma análise histórica.
Daniel Lourenço - Advogado (RJ) mestre em Direito, Estado e Cidadania (UGF/RJ).

16:30 – 17:00
Intervalo

17:00 – 19:00
Debate: Filhos e filhas veganos(as). Pais e mães veganos(as) discutem as dificuldades e felicidades do veganismo entre seus filhos(as).
Participação da nutricionista vegana Clarissa Barbosa (UFMG).

19:00 – 20:30
Perguntas e respostas: Tudo o que você gostaria de saber sobre direitos animais e veganismo, mas não tinha pra quem perguntar.
Participação:
Nutricionista vegana Clarissa Barbosa (UFMG).
Daniel Lourenço - Advogado (RJ) mestre em Direito, Estado e Cidadania (UGF/RJ)
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Membros do Gato Negro

20:30 – 22:00
Exibição de curtas: Sinfonia Animal (sessão comentada com a presença do diretor Gustavo Torres - RJ),
A Life Connected
e outros.

Dia 23 (DOMINGO)

14:00 – 16:00
Debate: Ativismo e Direitos Animais. Discussão entre grupos sobre as ações em Belo Horizonte. Grupos ALA-BH, Gato Negro e outros;

16:00 – 17:30
Oficina Fitoterapia vegana e agroecológica
Ana Cimbleris Alkmin - Fitoterapeuta e mestre em Ciências Farmacêuticas (UFMG);

17:30 – 18:00
Intervalo

18:00 – 20:00
Demonstração culinária: com os culinaristas Paulo Renato (Vegtuts e ALA-BH) e Milene (Oficina da Semente);


20:00 - 22:00
Atividade escolhida pelo público durante o evento.
Debates Gato Negro "Introdução aos Direitos Animais", "Direitos Animais e Bem-estar Animal", filmes e outros.

Durante todo o evento:

VeGrafitte - grafiteiros veganos irão montar um mural sobre direitos animais e veganismo. Conheça de perto essa arte que a cada dia conquista novos espaços;

Venda de deliciosos alimentos veganos, sem nenhum ingrediente de origem animal.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Animais silvestres aumentam risco de acidentes

Segundo Polícia Rodoviária Federal, acidentes aumentaram 18%.
Motorista deve ter atenção redobrada, principalmente à noite.

No pátio do hospital-veterinário da Universidade Federal de Mato Grosso, siriemas, tamanduás-bandeira e jaguatiricas se recuperam de atropelamentos sofridos nas rodovias do estado. “Nós temos muitos casos, e a maioria morre”, relata a veterinária Cristina Helena Alves.

Foi o que aconteceu com uma onça-parda que atravessava a BR-163, próximo a Rondonópolis, no sul do estado. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), este ano mais de 3 mil animais foram atropelados em todo o Brasil. Em Mato Grosso, de janeiro a outubro, o número de acidentes com animais silvestres aumentou. Foram 18% a mais, em relação ao mesmo período do ano passado.

Mas de acordo com a PRF, os números não refletem a totalidade dos casos, pois pouca gente registra acidentes envolvendo animais. Então, para quem está nas estradas, a orientação dos patrulheiros é atenção redobrada, principalmente, à noite. É nesse período que os animais silvestres saem para se alimentar, e o risco de acidente aumenta.

“Se o motorista atropelar um animal de pequeno porte e constatar que o animal morreu com o atropelamento, ele deve procurar retirá-lo da rodovia, para que não haja um novo acidente, com um motociclista ou até um veículo pequeno. Se for um animal de grande porte, o motorista deve acionar imediatamente a Polícia Rodoviária Federal e fazer o boletim de ocorrência, para que a gente possa ter as estatísticas reais desses acidentes”, pede o inspetor da Polícia Rodoviária Federal Vanderlei Munhoz.

Fonte: Globo Amazônia