quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Hare Hare plugado no mundo

Todo (ou quase) morador da capital sabe identificar os representantes do movimento Hare Krishna que estão sempre espalhados pelas ruas, pregando e pedindo colaborações. Usam roupas largas e claras, às vezes esvoaçantes, carecas e de rabo de cavalo, livrinhos nas mãos, abordagem delicada. São os chamados vaishnavas, que consideram Sri Caitanya Mahaprabhu uma encarnação do Senhor Krishna. Nos últimos anos, no entanto, os sempre afáveis e insistentes Hare Krishnas ou vaishnavas se globalizaram, se modernizaram… E continuam pregando pelas ruas, claro. E já falam em Deus, em vez de usar nomes hindus complicados que poucos entendem.

Shadu nasceu em Lima, no Peru, com outro nome (que hoje consta só do seu registro de nascimento, já que agora só usa o nome hindu). Adotou São Paulo e, aos 36 anos, mora num templo e leva, diariamente, a filosofia para as ruas da cidade. Para quem se interessa pela conversa, Shadu (que não é totalmente careca, embora tenha o rabinho, porque diz sentir muito frio), avisa logo que tem perfil no Orkut, dá o numero do seu celular e a home page do templo em que mora, em Pindamonhangava (a 160 km da capital), a fazenda Nova Gokula, que tem também pousada para quem quer passar um fim de semana em paz espiritual, na busca da consciência, do eu interior.

Vaishnava, tradição monoteísta com milhões de seguidores na Índia e no Ocidente, é o tronco principal do “complexo filosófico” chamado hinduísmo. Os seguidores não comem carne de nenhum tipo e distribuem alimentos lacto-vegetariano às populações menos favorecidas. É o Comida para a Vida… Shadu avisa que a tecnologia não pode ser ignorada, deve ser usada a favor do homem, como instrumento da evolução espiritual. Mas jamais para escravizar o ser humano. Hare Krishna / Hare Krishna / Krishna / Krishna / Hare Hare / Hare Hama / Hare Hama / Harama / Hare Hare / Hare Hamaaaa….

Fonte: Época

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