domingo, 31 de agosto de 2008

Você sabe de onde vem sua picanha?

Como os bois criados em áreas de desmatamento ilegal na Amazônia vão parar na mesa do consumidor. E por que os frigoríficos não conseguem controlar seus fornecedores

O engenheiro paulista Guilherme Parize, de 24 anos, costuma comer carne bovina de quatro a cinco vezes por semana. Faz parte do imenso contingente de brasileiros que adoram carne – e, graças ao avanço econômico, podem incluí-la em quantidades generosas em seu cardápio. Nos últimos dez anos, o consumo de carne no Brasil quase duplicou. O mercado interno responde pelo abate de 35 milhões de bois a cada ano. Um efeito colateral desse hábito alimentar tem sido o aumento da devastação da Floresta Amazônica. Pouca gente sabe, mas um em cada três bifes consumidos no Sudeste veio da Amazônia. Parte desses bois – ninguém sabe quanto – foi criada em áreas de desmatamento ilegal e de ocupação irregular de terra pública. São os bois piratas, conforme a expressão do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Mesmo os consumidores que se preocupam com a procedência da carne não têm opção de compra. “O Brasil abate 50 milhões de cabeças por ano. Cerca de 17 milhões são vendidos sem nenhum tipo de controle sanitário ou ambiental”, afirma Luiz Carlos de Oliveira, diretor-executivo da Associação das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). É um terço da produção nacional. Será tão difícil controlar o caminho dos bois piratas? ÉPOCA perguntou aos principais frigoríficos e redes varejistas do país que operam na Amazônia como eles asseguram a procedência de sua carne. Algumas redes não responderam. Outras garantiram seguir critérios ambientais. Mas, como admite José Antônio Veronesi, diretor de compra de gado do frigorífico Margen, não há como ter controle absoluto sobre quanto o produtor desmatou.

Esse descontrole representa um risco econômico: a carne brasileira pode sofrer embargos no exterior por causa das questões ambientais. Já aconteceu com a soja. Em 2006, o grão colhido na Amazônia foi recusado pelos maiores importadores mundiais com a justificativa de que o produto era um dos combustíveis de destruição da floresta. A carne é nosso principal produto de exportação. E os números associam a atividade à devastação.

Cerca de 78% do que foi derrubado no Norte do país serviu para a formação de pastos. Nos últimos dez anos, o rebanho da floresta aumentou 173%. “A criação dos bois é um dos grandes impulsos para as derrubadas na região”, afirma Paulo Barreto, pesquisador do Imazon, um dos principais institutos de pesquisa da floresta. Em 2005, foram produzidos na Amazônia 2,8 milhões de toneladas de carne, 36% da produção nacional. Mas apenas 71% foram processados por frigoríficos sob inspeção federal (SIF). O restante foi vendido como carcaça ou bois vivos para outros Estados ou por abatedores informais. “É esse rebanho sem controle, federal ou estadual, a grande raiz do problema ambiental ou sanitário”, afirma Oliveira, da Abiec. A grande maioria dos proprietários rurais não tem cadastro de suas terras no Incra, o órgão responsável pelo controle fundiário no Brasil. Se o país nem sabe quem são os proprietários, como fazer cumprir as leis?

Perseguir o gado que devora florestas virou uma política de governo para o ministro Minc. Já foram apreendidas 10 mil cabeças. Falta descobrir o que é legal ou não em um rebanho de 70 milhões. “Queremos propor uma espécie de moratória aos frigoríficos. Eles vendem a carne e são co-responsáveis pelo desmatamento”, diz Minc. “Vamos assinar a moratória em setembro”. O ministro exigiu dos frigoríficos a lista dos pecuaristas fornecedores. “Daí poderemos analisar se esses produtores cometem crimes fundiários e ambientais”, afirma o ministro. Quem continuar comprando de criminosos ambientais poderá ser fechado.

A pecuarista que fez o maior desmatamento de 2007
vendia para um dos maiores frigoríficos do país


DE ONDE VEM O FILÉ
Guilherme Parize come carne vermelha quase todo dia. Ele diz que pagaria mais caro por uma carne com certificação

As empresas resistem. “Frigorífico é uma indústria, não pode exercer a função de Estado”, diz Oliveira. Mesmo assim, as empresas perceberam que precisarão oferecer uma resposta à pressão por critérios ambientais mais transparentes e criaram um grupo de trabalho dos maiores frigoríficos nacionais, varejistas, representantes do governo federal, além de instituições financeiras como o Banco Mundial. “Os problemas na cadeia são vários: terra grilada, trabalho escravo”, diz Liza Gunn, diretora do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), que faz parte do grupo. “Mas espero que encontremos mecanismos efetivos para tornar a carne mais sustentável”.

O grupo terá vários obstáculos. O primeiro é a questão fundiária. Criar bois na Amazônia virou uma forma de lavar dinheiro: o boi é comprado com dinheiro ilegal, a venda da carne é oficial. A Polícia Federal investiga, por exemplo, as terras do banqueiro Daniel Dantas na Amazônia. A família Dantas é a maior criadora de gado na região, com 450 mil cabeças.

A falta de fiscalização é o segundo problema. Com a intensificação da atuação do Ibama na região, três frigoríficos já foram multados em julho. No início do ano, o Quatro Marcos, um dos maiores do país, foi denunciado pelo Ibama por comprar carne do produtor que mais desmatou em 2007, a pecuarista Rosana Xavier – cuja família controla o Quatro Marcos.

Uma possível solução para criar critérios e sistemas de certificação pode passar pelos supermercados. Eles já são cobrados pelos consumidores. Alguns prometem produtos com procedência controlada. O Carrefour afirma que 50% da carne que vende já tem o selo de garantia de origem. “Temos a rastreabilidade desde a fazenda até a chegada ao supermercado”, diz Luiz Carlos Alimento Paschoal, diretor nacional de açougue do grupo.

Apesar do esforço do setor em se organizar, falta uma contrapartida do governo. “Se ficarem apenas pressionando as empresas que estão regulares, como os grandes frigoríficos, corremos o risco de dar mais força para os ilegais”, diz Oliveira, da Abiec. “Se o produtor não conseguir vender para as grandes redes, ele vai procurar um clandestino”.

sábado, 30 de agosto de 2008

ÉTICA NA ALIMENTAÇÃO: O FIM DA INOCÊNCIA

Sônia T. Felipe

[Palestra proferida no Encontro Temático da SVB-Brasília, 16 e 17 de agosto de 2008]

As “sociologias da alimentação” investigam as variáveis sociais que influenciam os hábitos alimentares humanos.1 Os padrões morais ou práticas e costumes consagrados por determinada sociedade, que, via de regra, pensamos influenciar apenas nossas práticas sexuais e sociais, estão profundamente ligados à forma pela qual os humanos inventam e preservam estratégias para obter e garantir seu alimento. Pode-se dizer que a escolha da matéria que será transformada em comida e servida à mesa, em balcões de lanchonetes, cafés, embalagens para viagem, supermercados e feiras, revela a moral de determinada sociedade e a ética que rege as escolhas individuais.

Para não deixar dúvida sobre o sentido do termo “ética”, aqui empregue, é bom que seja distinguido do termo “moral”. Enquanto moral é o conjunto de “valores” preservados numa determinada cultura, podendo ser, portanto, relativa à uma cultura e não a outras, ética é a determinação de fundamentar a ação em bases não relativistas. O que é certo ou errado fazer, da perspectiva ética, não muda de cultura para cultura, de região para região, de classe para classe, sexo para sexo, religião para religião, a menos que circunstâncias prementes coloquem os humanos em condições tais que seus atos de sobrevivência não possam mais ser considerados atos livres. Cada uma das influências morais tem seu próprio código moral. Mas, quando falamos de ética na alimentação, estamos falando do projeto humano de buscar um princípio moral não relativo, aplicável à ação de comer, que possa ser aceito como válido por indivíduos formados moralmente em diferentes padrões culturais.

A fim de não perdermos de vista o conceito de ética a partir do qual este texto foi elaborado, é bom lembrar que um princípio ético deve atender a, pelo menos, três requisitos formais: 1. Poder ser aceito por sujeitos capazes de concluir um raciocínio após examinar premissas lógicas [validade universal]; 2. Servir para orientar as decisões em casos de naturezas distintas [generalidade]; 3. Permitir seu emprego independentemente do grau de poder político, religioso e econômico do agente moral [imparcialidade]. Mas, uma ética cujos princípios atendam a essas exigências ainda continua formal. Para superar a formalidade desses critérios, a ética deve, fundamentalmente: 4. Promover o bem daqueles que são atingidos pelas decisões morais [finalidade].

Para tornar mais compreensível o que foi escrito acima, podemos fazer um experimento mental. Geralmente a ética é identificada com a postura da beneficência e da não-maleficência, com o princípio da justiça eqüitativa, com o princípio do respeito à autonomia individual, e assim por diante. A beneficência, a não-maleficência, a justiça e a autonomia podem ser compreendidas então como princípios éticos que servem para nos ajudar a tomar decisões de caráter moral. No entanto, embora compreendamos minimamente o que cada um desses princípios representa em nossa formatação moral, nem sempre conseguimos ver claramente de que modo nossas práticas cotidianas devem ser orientadas por eles. Se pretendemos que nossas decisões e ações sejam éticas, no sentido de que atendem às quatro exigências expostas acima, essas decisões e ações devem ser de tal ordem que possam ser reconhecidas como válidas por qualquer sujeito capaz de raciocinar de modo coerente; devem ser ações cujo sentido e razão de ser possam ser ampliados também para outras decisões de cunho moral; devem ser decisões imparciais, no sentido de que a decisão tem valor moral independentemente do sujeito que a toma; e, finalmente, não são decisões tomadas visando beneficiar o sujeito da ação moral, mas o paciente dessa ação.

Quando aplicamos os critérios éticos à nossa dieta, encontramos um vazio moral. O modo pelo qual nos alimentamos só pode ser considerado “moral” no sentido latino do termo, quer dizer, o que ingerimos é determinado pelo costume ou padrão da cultura na qual nascemos. Mas, será que as decisões e ações relativas ao ato de comer podem ser consideradas universalmente válidas? Será que temos algum princípio ético para orientar nossos atos diários ligados à ingestão de alimentos? Será que esse princípio pode ser pronunciado claramente em público? Será que o princípio que rege nossas escolhas alimentares é um princípio imparcial? Será que nossas escolhas alimentares “beneficiam” os que são diretamente afetados por elas? Examino a seguir duas das escolhas alimentares mais comuns na comunidade moral dos vegetarianos.

Leia Mais AQUI

Fonte: Sentiens

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

TORTA VINAGRETE


Ingredentes:

12 colheres de trigo
1 copo de leite de soja
1/2 copo de óleo
1 colher de sopa de fermento em pó
1 pitada de sal
+- 3 xícaras de sobra do vinagrete escorrido
ou os legumes do vinagrete cortados em cubinhos temperados e escorridos.
Ou o quanto sobrou, ou o quanto gostar!
Azeitonas pra decorar (e colocar na massa também)

Misture tudo, unte a forma e coloque no forno pra assar. De 30 a 40 minutos!

Fonte: VegChica

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL, VEM DO BERÇO





A Aninha ainda não sabe. Você já tem tamanho suficiente para escolher.

Clique na Imagem para ampliar.

ABATE HUMANITÁRIO – E ALGUNS NÚMEROS*

* Fonte: CPDA – Comitê para Pesquisa, Divulgação e Defesa dos Direitos Animais - Florianópolis/SC
Há algumas décadas, a indústria de alimentos de origem animal implementou o chamado "abate humanitário", visando evitar o sofrimento causado aos animais durante o abate.
Será que pode existir isto – "abate humanitário"? É uma questão que tentaremos aprofundar mais adiante. Por agora, apenas destacamos os dados contidos no texto abaixo – são números de animais abatidos pela indústria de carne, no ano de 2003. A respeito destes números, indagamos: como é possível lidar com tantos animais, num ritmo de produção acelerado, e garantir o "humanitarismo" dos procedimentos? O simples bom-senso mostra que acreditar no que diz a indústria, sobre os cuidados que supostamente oferece aos animais, é arriscar-se a ser ludibriado.
A indústria de alimentos de origem animal prejudica a todos nós de muitas formas. Entretanto, são os animais os primeiros afetados, e é nossa obrigação saber o que se passa ali – e cessá-lo.
Segue o texto do Centro Vegetariano:
Número de animais para consumo humano
Com base nas estatísticas da FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations - http://www.fao.org) sobre Agricultura (Statistical Databases – Agriculture), o Secretariado da União Vegetariana Europeia (EVU), num comunicado recente, apresentou o número de animais mortos no mundo para consumo humano durante o ano de 2003. Os números foram estabelecidos a partir de relatórios provenientes de mais de 210 países. Mas deve ter-se em atenção que alguns países e territórios não fornecem dados.
Animais abatidos em 2003 (por ordem decrescente):
- Galinhas e frangos: 45 biliões e 900 milhões
- Patos: 2 biliões e 260 milhões
- Porcos: 1 bilião e 240 milhões
- Coelhos: 857 milhões
- Perus: 691 milhões
- Gansos: 533 milhões
- Carneiros, ovelhas, cordeiros: 515 milhões
- Cabras: 345 milhões
- Bois, vacas, vitelos: 292 milhões
- Roedores: 65 milhões
- Pombos e outras aves: 63 milhões
- Búfalos: 23 milhões
- Cavalos: 4 milhões
- Asnos, mulas, machos: 3 milhões
- Camelos e outros camelídeos: 2 milhões
A soma de todos estes números prefazem um total de mais de 50 biliões de animais, sem ter em conta os animais aquáticos (peixes e crustáceos).
Os números referem-se apenas aos animais abatidos nos matadouros. Excluem-se os animais de criação extensiva (geralmente para consumo doméstico) assim como os que são alvo da caça, difíceis de contabilizar por não haver qualquer tipo de controle.
Tendo em conta que um omnívoro consome em média 95 animais por ano e que a população mundial não-vegetariana é de biliões, depreende-se que o número exacto de animais mortos para a alimentação humana será muito superior àquele que os dados da FAO nos fornece. Sabe-se que só nos EUA se consomem anualmente mais de 10 biliões de animais.
Sendo que a esperança média de vida em Portugal é de 75 anos, um omnívoro consome cerca de 7100 animais durante a sua vida.
Inserido em: 21/11/04
Referência:
Acessado em: 23/08/08
Gratos pela atenção:
CPDA – Comitê para Pesquisa, Divulgação e Defesa dos Direitos Animais
Permitimos e agradecemos a divulgação deste texto para fins educacionais e não-lucrativos, com a preservação do texto integral e a citação da autoria. Após a divulgação, favor avisar-nos da iniciativa pelo e-mail: cpdanimal@gmail.com

LUTANDO CONTRA A VIVISSECÇÃO

DUAS LINHAS DE ARGUMENTOS.

Filber Cristiano Chaves
f_chavess@hotmail.com

Na luta contra a vivissecção – o uso de animais em atividades de produção de saber – existem duas linhas de argumentos: uma é científica; a outra, ética. Durante muito tempo, no movimento de proteção animal, existiu uma tendência a se valorizar mais o argumento científico, como aquele que poderá suscitar os resultados mais efetivos, enquanto se minorava o peso do argumento ético. Neste trabalho, defenderemos que, embora os argumentos científicos sejam muito importantes, é somente pelo viés ético que podemos atacar um problema grave, e que está na própria origem da vivissecção: a idéia de que os animais são recursos à disposição do ser humano. Para tanto, comentaremos as palavras de dois autores: Jane Goodall e Tom Regan.

A primeira linha de argumentação é a científica. Leva em conta o fato de que vivemos numa sociedade onde ainda se considera correto usar animais para atender aos fins humanos, ao menos quando estes fins são considerados importantes. Ora, de todas as atividades que fazem uso de animais – basicamente, entretenimentos dos mais diversos tipos, incluindo o consumo de alimentos de origem animal –, é evidente que 99% não atendem a nenhum interesse importante do ser humano, restando dúvida apenas num único caso – que é, precisamente, a vivissecção. Se, como os adeptos dessa prática afirmam, o uso de animais é indispensável para se fabricar novos medicamentos, então é previsível que muita gente irá preferir mantê-lo. Dentro desta lógica, o caminho mais eficaz para se combater a vivissecção é demonstrar que o uso de animais, longe de proporcionar avanços na medicina, é antes uma metodologia falha, devido às diferenças entre os organismos de cada espécie, que tornam extremamente incerto extrapolar dados de uma para outra - e portanto, de qualquer animal para nós, humanos.

Jane Goodall, respeitada cientista que estudou durante décadas os primatas em seu ambiente natural, defendeu, no prefácio de um livro contra a vivissecção, a importância do argumento científico, e mesmo admitindo não ser o único capaz de suscitar avanços nesta luta, parece acreditar que é o único capaz de decidi-la:

"É por isto que aqueles que combatem pelos direitos animais, usando argumentos éticos e filosóficos, embora tenham feito progressos em mudar atitudes em relação aos animais, nunca podem esperar pôr um fim em toda a experimentação animal apenas usando estes argumentos.

Entretanto, e se pudéssemos demonstrar que o uso de animais, em muitas instâncias, proporciona resultados enganadores? Com que freqüência drogas que têm o potencial de curar humanos são ignoradas porque causam danos aos animais? Por outro lado, com que freqüência drogas que não prejudicam animais são usadas em humanos com resultados desastrosos?"1

A segunda linha de argumentação é a ética. Embora não ignore a cultura predominante, insiste que defender os direitos animais ainda é o melhor argumento na luta contra a violência infligida a eles – e isto se aplica à vivissecção também. A defesa dos direitos animais implica afirmar que, independentemente de vantagens para o ser humano, a exploração animal é um ato de covardia, porque impõe a força da sociedade sobre os animais, com a única justificativa de que estes seriam inferiores de alguma maneira... O argumento dos direitos animais, portanto, começa por mostrar que os animais não são inferiores, afinal tudo que há é uma imensa gama de seres diferentes, e todos merecedores de serem protegidos contra a exploração.

Para Tom Regan, um dos principais filósofos dos direitos animais, é válido argumentar que a experimentação animal é cientificamente equivocada, seja porque é uma metodologia falha, seja porque a maioria dos experimentos são absurdos evidentes até aos olhos de um leigo. Entretanto, ele afirma que este argumento, se usado sozinho, pode acarretar um sério problema:

"O ponto a ser notado é que ambos os desafios convidam à continuação dos experimentos em animais, o último porque apenas permite excluir as pesquisas que se sabe serem uma perda de tempo antes mesmo de começarem, e o primeiro porque dá aos pesquisadores um pretexto para continuar os experimentos, na esperança de que possam superar as deficiências na presente metodologia. Se vamos desafiar seriamente o uso de animais em pesquisas, devemos desafiar a prática em si mesma, e não apenas casos individuais ou meramente os erros em seu método.

A teoria de direitos encara este desafio. O uso rotineiro de animais em pesquisa assume que seu valor é redutível à sua potencial utilidade para os interesses de outrem. A teoria de direitos rejeita esta visão dos animais e de seu valor, assim como nega que sejam justas as instituições que os tratam como recursos renováveis. Eles, assim como nós, têm um valor próprio, que é logicamente independente de sua utilidade para outros, e de serem objetos do interesse de outros indivíduos."2

A respeito destes comentários, pensamos o seguinte. A Dra. Jane Goodall está correta em enfatizar a importância de esclarecer a sociedade sobre as falhas na metodologia da vivissecção, até porque trata-se de um problema que diz respeito diretamente à saúde do ser humano, e é do interesse pessoal de qualquer cidadão saber o que se passa. Ao mesmo tempo, no que se refere aos animais, também é de seu interesse que se desfaça esse mito, de que a vivissecção envolve uma escolha dramática entre vidas diferentes... afinal, a verdade é o oposto, pois a vivissecção prejudica os animais bem como os humanos.

Todavia, embora realmente existam barreiras contra a divulgação da mensagem dos direitos animais, isto não permite negar sua capacidade de proporcionar avanços, inclusive alguns que não podem ser realizados de outra forma. O comentário de Tom Regan é correto, na medida em que, 1) enquanto nos limitamos a discutir se a vivissecção é útil para nós, esquecemos que o problema central dessa prática tem a ver com sua injustiça, com a imposição de nossa vontade sobre os animais, que são indivíduos dotados de vontade própria, de um modo de vida próprio, e do desejo evidente de não serem usados por nós, e 2) por mais que haja preocupação da sociedade quanto ao que poderia perder com a independência dos animais, existem indivíduos capazes de agir em função de seu senso de justiça, que jamais tomariam parte na exploração de animais, ainda que outros lhes digam que isto é algo importante... Ora, o exemplo destes indivíduos é motivo suficiente para se estimular esta postura – e seu potencial transformador – no conjunto da sociedade.

Como sugerimos no início, a abordagem ética ataca a própria origem da vivissecção, bem como de todos os outros problemas. Refletir sobre a injustiça da exploração dos animais é indispensável, no caminho para a mudança de atitudes mais profunda que precisa acontecer, a fim de começarmos a ver os animais como seres independentes - e se esta reflexão enfrenta mais barreiras no caso da vivissecção, é exatamente aí que os esforços precisam se concentrar, mostrando todas as contradições éticas que envolve. Estas contradições, em termos resumidos, se relacionam com um fato elementar, mas quase sempre esquecido: nas relações entre humanos, a vulnerabilidade de certos indivíduos é aceita como motivo para receberem proteção da lei e não ficarem entregues à própria sorte (ou pelo menos, esta é a intenção, ainda que seja desmentida frequentemente na prática); entretanto, nas relações entre humanos e animais, a vulnerabilidade destes últimos é entendida como "sinal verde" para serem agredidos de todas as formas, carecendo de uma proteção legal efetiva (aí também existem boas intenções, porém um pouco de conhecimento das leis atuais revela que autorizam a maior parte dos abusos, proibindo apenas uma parcela muito limitada). Esta contradição chega ao extremo na vivissecção, pois aqui qualquer proposta de limitar os experimentos é seguida de polêmica, motivada pela preocupação com a perda de vantagens para nós; mas, o uso de humanos, até mesmo voluntários, é proibido em determinados tipos de pesquisa, e ninguém lamenta a eventual perda de conhecimento que decorre disso. Claro, um dos motivos é que, acredita-se, as descobertas podem ser feitas usando-se animais – e é esta atitude que, para além de ingenuidade no aspecto científico, traduz a injustiça que se pratica com os outros seres.

A mensagem dos direitos animais, embora inclua a reflexão sobre a inutilidade de seu uso, tem como principal objetivo contestar o paradigma em que são vistos como recursos, e elaborar um conceito de justiça verdadeiramente universal, capaz de incluir todos os seres dotados de interesses e suscetíveis ao sofrimento - e que consiste, basicamente, em garantir-lhes a liberdade, que não é a simples possibilidade de ir-e-vir, talvez dentro de alguma reserva natural... mas sim, o reconhecimento de que são sujeitos, que portanto não podem ser rotulados como objetos, e consequentemente não podem ser usados desta forma.

Para concluir, deixamos este comentário: sem dúvida, é bom saber que podemos abrir mão de atividades comuns de exploração de animais sem precisarmos fazer sacrifícios realmente importantes – e se isto se aplica ao uso de animais em pesquisas, tanto melhor. Mas a justiça pode exigir muito mais do que nossa eterna ânsia de garantias de que sairemos ganhando em toda e qualquer situação – e se é assim, então este é um desafio que se apresenta a cada um de nós, à espera de que tenhamos disposição para enfrentá-lo.

REFERÊNCIAS

1 Ray & Jean Greek. Sacred cows and golden geese: the human cost of experiments on animals [Vacas sagradas e galinhas dos ovos de ouro: o custo humano dos experimentos em animais] New York: Continuum International Publishing Group, 2003. Pág. 10.

2 Tom Regan. The case for animal rights [A defesa dos direitos animais] Califórnia: University of California Press , 2004. Pág. 384.



Filber Cristiano Chaves é estudante de direito em Florianópolis, atualmente se dedica à pesquisa sobre direitos animais, veganismo e vivissecção. E-mail: f_chavess@hotmail.com.

Fonte: Sentiens

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

SEJA VOLUNTÁRIO EM DEFESA DOS ANIMAIS

Em menos de 24 horas o e-grupo Voluntários pelos Animais teve a adesão de dezenas de defensores dos animais.
E já recebemos várias solicitações de ONGs que buscam ajuda destes voluntários. Receba você também estes pedidos de apoio cadastrando seu e-mail no e-grupo. Para isso, envie mensagem para voluntariospelosanimais-subscribe@yahoogrupos.com.br.
Você receberá um pedido automático de confirmação. Para finalizar, basta clicar em "responder" e enviar sua mensagem (não altere o destinatário no campo "Para").
Se preferir, solicite o cadastramento escrevendo para sentiens@sentiens.net.
A participação no e-grupo é gratuita.

Convite Audiência Pública - 03/09/2008

Preocupados com a falta ou insuficiência de ações na defesa e proteção aos animais na Capital e demais municípios que compõem a região metropolitana de Curitiba, o Ministério Público do Paraná, referenda documento protocolado de iniciativa de entidade representante da sociedade civil organizada, entendendo que as propostas apresentadas são justas e de implementação necessárias para a implantação de um programa efetivo e permanente que trate das questões relativas à proteção de defesa dos animais nos centros urbanos.

Para dar publicidade às propostas, convida os Prefeitos Municipais das cidades envolvidas (Curitiba e Região Metropolitana), bem como os secretários, membros de Conselhos e Órgãos Públicos responsáveis pela defesa e proteção animal, candidatos ao cargo de Prefeito e vereadores no próximo pleito, membros das sociedades civis organizadas e a todo cidadão interessado, para audiência pública a ser realizada no dia 03 de setembro de 2008, às 14h30min, no auditório do Ministério Público do Estado do Paraná, localizado na Av. Marechal Hermes, nº 751, Centro Cívico,Curitiba – Paraná.

É muito importante a presença de todos aqueles que, de uma forma ou de outra, lutam incansavelmente para que as mudanças necessárias em benefício dos animais possam acontecer. É momento de esclarecimento para todos os candidatos, no sentido de não prometerem ações de retrocesso a tudo o que já se conquistou até este momento. E oportunidade de passar a mensagem a todos os interessados, de uma só vez.

Anexo convite.

Rosana Vicente Gnipper

Movimento SOS Bicho

www.sosbicho.org.br

Curitiba - Paraná

Programa Patrulha Animal

Tel: (41) 3206.1939

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Sábado
30 de agosto
19h30
VEGETHUS Vila Mariana

R$ 19
COMA À VONTADE


::: PRATOS SALGADOS :::
pão integral
pão de hambúrguer
hambúrguer de tofu, cenoura e espinafre
hambúrguer de pvt
pastel indiano
kibe frito
esfiha aberta de pvt e tofupiry
croquete de cenoura
cenoura palito frita
tofu grelhado na chapa
+ SALADAS E MOLHOS

::: SOBREMESAS :::
torta de banana
mousse de chocolate
bolo caramelado de abacaxi
frutas

::: ATRAÇÕES :::
Música
Projeção de vídeos
Sorteios de prêmios

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Prazer... dentro e fora do prato

Rua Padre Machado 51
Vila Mariana (metrô Santa Cruz)
São Paulo
11-5539-3635

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Visite o website do nosso parceiro:
www.olvebra.com.br

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PETIÇÃO PARA O FIM DOS RODEIOS (ASSINE)

Petição Para o Fim do Rodeio


PEGUE O CÓDIGO PARA DIVULGAR NO ORKUT, SITES.

<p><a href="http://www.petitiononline.com/rodeio66/petition-sign.html"><img border="0" alt="Petição Para o Fim do Rodeio" width="167" src="http://i33.tinypic.com/23wuyb9.jpg" height="273"/></a></p>




A União Libertária Animal está promovendo a Campanha ULA! Pelo Fim dos Rodeios. Nosso primeiro alvo é o Rodeio que acontece na Expo Seropédica (RJ) todo ano. O primeiro passo foi dado: A petição contra a realização de rodeios nesse evento. Realizaremos outras atividades nessa campanha. Acompanhe tudo pelo site e participe!

Se você concorda com o fim dessa prática cruel, junte-se a nós nessa luta!
Divulgue este site, participe de nossas manifestações, expresse sua opinião e dê sugestões!
Contamos com você!

Equipe ULA! Pelo Fim da Exploração e Banalização da Vida Senciente.


Fórum ULA. Registre-se e Participe!

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

REDE DE VOLUNTÁRIOS DEFESA DOS ANIMAIS

Receba solicitações de ajuda voluntária enviadas por grupos de defesa dos animais de todo o país.

Defenda os animais atuando presencialmente ou à distância. Veja abaixo algumas das áreas em que você poderá colaborar:

Jurídica
. consultoria
. demandas judiciais

Educacional
. palestras, oficinas, etc.
. desenvolv. de material pedagógico

Informática
. criação e/ou manutenção de websites
. programação
. assist.técnica em hardware e/ou software

Administrativa
. planejamento/desenvolvimento de projetos
. captação de recursos
. contabilidade
. gestão de voluntariado/estágiários

Comunicação
. publicitária (planej.de campanhas, criação de arte e texto, logotipia, ilustração, etc.)
. jornalística (asses. de imprensa, redação, reportagens, edição, etc.)
. marketing
. redação, tradução e/ou revisão de textos diversos
. fotográfica (registro de animais para inclusão em sites de adoção)

Assistencial
. veterinária - clínica médica e/ou cirúrgica
. apoio em mutirões de castração
. biologia - assis. a animais silvestres e/ou exóticos
. casa de apoio (abrigo e cuidados para animais abandonados)
. transporte de animais, banho e tosa, manutenção de canis e gatis, passeio com cães confinados (dogwalker), etc.
. apoio em eventos de promoção de adoção

O trabalho voluntário exige COMPROMISSO. Antes de assumi-lo, avalie bem se terá condições de concluir a tarefa que se propôs fazer.

CADASTRE SEU E-MAIL
Envie mensagem para voluntariospelosanimais-subscribe@yahoogrupos.com.br.
Você receberá um pedido automático de confirmação. Para finalizar, basta clicar em "responder" e enviar sua mensagem (não altere o destinatário no campo "Para").
Se preferir, solicite o cadastramento escrevendo para sentiens@sentiens.net.
A participação no e-grupo é gratuita.
Esta não é uma lista de discussão, você só receberá mensagens enviadas pelo moderador. Não serão postadas notícias sobre a causa animal, apenas solicitações de ajuda voluntária.

Cordialmente,

Maurício Varallo - moderador
--
"PARA OS ANIMAIS NÃO IMPORTA O QUE VOCÊ PENSA OU SENTE. PARA ELES, IMPORTA O QUE VOCÊ FAZ."

Ativistas Contra Expointer

A chuva se preparava para cair, mas os ativistas comparecerem à Redenção para divulgar a campanha contra a Expointer. Este, que é considerado o maior evento do agro-negócio do Estado, é uma das formas mais abusivas de exploração animal. Animais estressados, longe de suas origens, separados das famílias, em constante exposição, participando de desfiles e provas independentes de sua vontade, sem considerar-se os que já chegam mortos para as refeições de ética duvidosa.
Os ativistas distribuíram materiais e conversaram com as pessoas, levando a mensagem dos direitos animais.


EcoAgência entrevista Explorinter

A EcoAgência, maior agência de notícias da américa latina do setor, que distribui boletins para toda a Imprensa do país, sendo referência em Jornalismo Ambiental, publicou entrevista com ativista integrante do Explorinter. Confira na íntegra, abaixo.

Polêmica: defensores dos animais protestam contra a Expointer

Entrevista

No Estado brasileiro que mais consome carne e churrasco, entidades de defesa dos animais preparam protestos contra a maior feira agropecuária da América Latina, a Expointer, de 30 de agosto a 07 de setembro, no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio, Rio Grande do sul.

São grupos de veganos, ativistas que evitam o consumo de todo e qualquer produto de origem animal, a começar pela carne, e lutam pela abolição dos animais, associando também a pecuária a problemas ambientais.

Neste sábado e domingo, aconteceram manifestações, atrapalhadas pela chuva, no Parque da Redenção, em Porto Alegre.

“O motivo de nosso protesto contra a Expointer é, sobretudo, a luta pelo abolicionismo animal”, diz a jornalista Helena Dutra, uma ativista pela libertação animal, na entrevista concedida por email à EcoAgência, abaixo.

EcoAgência - Por que vocês decidiram fazer esse protesto contra a Expointer?

Helena Dutra - O motivo de nosso protesto contra a Expointer é, sobretudo, a luta pelo abolicionismo animal. Os ativistas são adeptos do veganismo, o qual consideramos como a única opção ética em se tratando da postura dos seres humanos diante dos animais.

Não consumimos nenhum alimento ou artigo de origem animal (carnes, ovos, leite, mel, gelatina, couro, lã, peles, etc.), não usamos produtos testados em animais e somos contra a utilização dos animais pelos homens sob quaisquer outros aspectos (entretenimento, experimentação científica, criação de raças, etc.).

Sustentamos que os animais possuem valor inerente e devem ser reconhecidos como sujeitos de direito. Ao preconceito que perverte a visão do homem e torna-o embrutecido a ponto de tratar seres sencientes (que, assim como ele, são capazes de sentir) de outras espécies como meros objetos, dá-se o nome de especismo.

A Expointer, considerada a maior feira de agronegócio da América Latina, é um símbolo da escravidão animal. Seus recordes de lucro e público devem ser vistos como um sintoma da degradação ética e moral que aflige nossa sociedade.

A crueldade desse evento requer uma manifestação pública de repúdio. Não podemos incorrer no crime de omissão.

EcoAgência - Vocês acreditam que possa ter algum resultado?

HD - Sim. Progressivamente, a sociedade vai evoluir a ponto de incluir os animais em sua comunidade moral.

Para tanto, precisamos incitar o questionamento, romper com condicionamentos mentais históricos e ir de encontro a poderosas forças econômicas que lucram com o sofrimento e a exploração de seres inocentes.

Não podemos perder nenhuma oportunidade de semear e divulgar os princípios abolicionistas. Quando o entendimento e a sensibilização ocorrem, a abordagem utilitarista é substituída por um profundo respeito pela integridade física, psíquica e moral dos animais.

Se, durante a Expointer, nossa mensagem tocar ao menos um indivíduo, consideraremos satisfatório. Será uma libertação para a pessoa, que deixará de ser cúmplice da crueldade; para os animais, que terão um algoz a menos vampirizando suas existências; e para a raça humana, que alçará um de seus membros a um novo estágio de ética e compassividade.

Temos certeza de que as futuras gerações perceberão com horror o barbarismo com que nossos companheiros de Reino Animal são tratados hoje.

EcoAgência - Qual é o impacto da pecuária no meio ambiente?

HD - A pecuária é devastadora para o meio ambiente. Para mais informações sobre o assunto, recomendamos a esclarecedora leitura do dossiê “Impactos sobre o meio ambiente do uso de animais para alimentação”, da Sociedade Vegetariana Brasileira.

Seguem apenas alguns dados: a pecuária é a maior poluidora do mundo, sendo responsável por 18% das emissões mundiais de CO2, 37% das emissões de metano e 65% das emissões óxido nitroso, agentes do aquecimento global. Gera bilhões de toneladas de resíduos tóxicos. Consome 8% dos recursos hídricos do planeta. É responsável por 70% do desmatamento da Amazônia. A produção de carne consome de 10 a 20 vezes mais energia por tonelada processada do que a produção de vegetais.

Em relação à alimentação, segundo o Instituto CEPA, um boi precisa de um a quatro hectares de terra e produz, em média, 210 kg de carne, no período de quatro a cinco anos. No mesmo tempo e na mesma quantidade de terra, produz-se, em média, por exemplo, 19 toneladas de arroz e 8 toneladas de feijão.

EcoAgência - Vocês não têm medo de serem agredidos?

HD - Esse risco sempre existe. Mas, diante do massacre diário de seres inocentes, certos receios pessoais ficam apequenados. Estamos dispostos a investir nossa energia, tempo e recursos na luta por um mundo livre do sofrimento e da crueldade. E, em se tratando de exploração, os animais são as maiores vítimas de nossos tempos.

Por Ulisses A. Nenê, da EcoAgência.


Fonte: Explorinter

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Amigos da causa.
Uma página do site da Fundação Alexandra Schlumberger - FAS http://www.fasprotecaoanimal.org.br/noticias.asp veicula notícia intitulada "Chineses comerão carne canina do Brasil", datada de 15/11/2005.
O Instituto Nina Rosa desconhece o fato noticiado e solicitou aos responsáveis pela ONG que retirem a referência ao Instituto como fonte da notícia, medida que o sr. Marinho, da FAS, gentilmente se prontificou a tomar.
Buscamos saber, em pesquisa pela internet, se o fato era verídico e não encontramos nenhuma referência, a não ser a do próprio site da FAS.
Aproveitamos para ressaltar que não há diferença essencial alguma entre os danos e sofrimento causados aos cães e os danos e sofrimento causados a bois, porcos, galinhas ou qualquer animal abatido para consumo. O ativismo na defesa animal começa pela mudança de seus hábitos. Seja vegano! Eliminar o consumo de produtos de origem animal significa poupar os animais de todo o tipo de violência que lhes é infligida nas "linhas de produção" de qualquer lugar do mundo e que lhes priva do direito mais básico: o de viver! Está a seu alcance e beneficia todos os animais envolvidos, inclusive você. Se você ainda não é vegano, dê o primeiro passo. Os sites www.guiavegano.com.br e www.vegetarianismo.com.br disponibilizam muita informação a respeito. Lute contra todas as formas de exploração animal!
Instituto Nina Rosa - projetos por amor à vida
www.institutoninarosa.org.br

Educação Humanitária - um caminho para a paz

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OFICINA DE CAPACITAÇÃO PARA VOLUNTÁRIOS

VEDDAS - Vegetarianismo Ético, Defesa dos Direitos Animais e Sociedade
Realiza a 3ª OFICINA DE CAPACITAÇÃO PARA VOLUNTÁRIOS

PARA ATIVIDADES DE DIFUSÃO DO VEGANISMO E DOS DIREITOS ANIMAIS EM CONTATO DIRETO COM O PÚBLICO

DATA: 30 de Agosto de 2008 - Sábado
HORÁRIO: das 14h00 às 19h00
LOCAL: Av. Brigadeiro Luiz Antonio, 2808 - Salão de festas (Metrô Brigadeiro)

O curso é destinado a novos voluntários que acreditem nesta forma de ativismo (contato direto com o público) para a difusão do Veganismo e dos Direitos Animais e à reciclagem dos atuais voluntários.
PROGRAMA
RECEPÇÃO E ABERTURA

Deolinda Eleutério - coordenadora de voluntários
Hugo Chusyd - coordenador da Mesa Itinerante

NUTRIÇÃO VEGANA

Dr. George Guimarães
(nutricionista vegano)

SOBRE O VEDDAS E O QUE É SER UM ATIVISTA

George Guimarães
(ativista pelos Direitos Animais, idealizador e presidente do VEDDAS)

DIREITOS ANIMAIS: CONSEQÜÊNCIA LÓGICA DA APLICAÇÃO RACIONAL DO PRINCÍPIO DA IGUALDADE DE CONSIDERAÇÃO.

Cláudio Queiroz Godoy
(Bacharel em Direito e Tradutor de livros)

OS IMPACTOS DO CONSUMO DE CARNE PARA O MEIO AMBIENTE
E PARA A HUMANIDADE

Silvana Andrade
(Jornalista com especialização em Comunicação Estratégica)

Intervalo

DINÂMICA DE SENSIBILIZAÇÃO


COMUNICAÇÃO

Danielle Simas
(Graduada em Comunicação Social, com pós-graduação em Administração de Marketing e especialização em Princípios de Gestão para Organizações Sociais)

REFLEXÕES SOBRE A MESA ITINERANTE

Hugo Chusyd
(Advogado) - Coordenador da MESA ITINERANTE e VEDDAS-MÓVEL
FUNCIONAMENTO E ORGANIZAÇÃO DA MESA ITINERANTE

Deolinda Eleutério
(Professora e Terapeuta Floral) - Coordenadora de Voluntários VEDDAS

ENCERRAMENTO E LANCHE

Pedimos que cada participante traga um salgado ou um doce vegano.

*

VAGAS LIMITADAS

*

INSCRIÇÃO

pelo email voluntarios@veddas.org.br
*
VALOR

Pedimos a contribuição de 10 reais para o pagamento do aluguel do salão.

A contribuição é voluntária e deve ser feita no local do curso.

*

REALIZAÇÃO

VEDDAS
Vegetarianismo Ético, Defesa dos Direitos Animais e Sociedade


www.veddas.org.br

ULA! Pelo Fim dos Rodeios.


A União Libertária Animal está promovendo a Campanha ULA! Pelo Fim dos Rodeios. Nosso primeiro alvo é o Rodeio que acontece na Expo Seropédica (RJ) todo ano. O primeiro passo foi dado: A petição contra a realização de rodeios nesse evento. Realizaremos outras atividades nessa campanha. Acompanhe tudo pelo site e participe!

Se você concorda com o fim dessa prática cruel, junte-se a nós nessa luta!
Divulgue este site, participe de nossas manifestações, expresse sua opinião e dê sugestões!
Contamos com você!

Equipe ULA! Pelo Fim da Exploração e Banalização da Vida Senciente.


Fórum ULA. Registre-se e Participe!

Partido contra touradas nas Eleições Espanholas

Partido contra touradas concorre às eleições espanholas.

Associações de defesa dos animais na Espanha se juntaram para criar um partido que quer a proibição de uma das maiores tradições do país, as touradas.

O Partido Antitaurino engloba 41 organizações de defesa dos direitos dos animais, que pedem entre outras coisas, que a população se torne vegetariana.

Mas a principal promessa eleitoral é acabar com as touradas. Para as associações de defesa dos animais o espetáculo é uma forma de tortura e maus tratos de animais.

A candidata a primeira-ministra é a psicóloga Patricia Laguillo, que se diz “preocupada pela perda de valores de uma sociedade onde as touradas, que são a máxima representação da tortura animal na Espanha, se considera cultura”, como explicou em um comício em Bilbao no último domingo.

O Partido Antitaurino e Contra os Maus-tratos de Animais (Pacma) provavelmente não conseguirá representação nas eleições parlamentares do próximo dia 9 de março, já que nem aparece nas pesquisas de intenção de votos divulgadas pela imprensa, mas chama a atenção por desafiar uma das tradições mais antigas da cultura espanhola.

O grupo criou um site e um canal de TV na internet onde pede votos, filiações e explica seu programa eleitoral, que é todo voltado para a defesa dos direitos dos animais.

Propostas

A proposta eleitoral dividida em nove capítulos prevê permitir o acesso de animais domésticos a transportes públicos, multas e cadeia para quem maltratar qualquer bicho, a criação de uma polícia específica para defender os animais e proibir a visita de grupos escolares à granjas e matadouros.

O Pacma também quer criar campanhas institucionais para conscientizar a população sobre a importância de se respeitar os seres vivos, começando com um plano de educação que iria da pré-escola até a universidade.

O partido também propõe o fim de todos os espetáculos públicos que envolvam animais, como circos, por exemplo, e também quer proibir propagandas publicitárias ou a participação de bichos em programas de TV.

O Pacma quer proibir concursos de cães, cavalos e passáros e a exposição de bichos em mercados e eventos campestres. O partido é a favor do fechamento de
zoológicos e aquários públicos e particulares.

“Temos inúmeras propostas, mas conhecemos a realidade”, disse a candidata Laguillo no comício, onde sugeriu que a verba oficial oferecida às touradas na Espanha fosse redistribuída em programas de saúde e educação.

Só na província de Madri o governo doa em torno de 700 mil euros anuais (R$1,7 milhão) para manutenção das arenas, escolas de formação de toureiros e associações de criadores de touros.

O carro-chefe da campanha é a abolição das touradas e o partido chega a propor a demolição das arenas (algumas centenárias) para substituí-las por parques e jardins.

O programa inclui ainda a proibição da caça e pesca esportiva, o fechamento das granjas produtoras, indústrias e lojas de casacos de pele.

Entre as medidas mais convencionais ligadas à defesa de direitos dos animais, ainda estão a monitoração do tráfico e venda de bichos e o fim dos testes de laboratório com animais.

Mas também há idéias curiosas como as campanhas para consumir menos carne e mais vegetais, exames psicológicos para donos de raças de cachorro consideradas perigosas (que seria pré-requisito para liberação de licenças) e a inclusão de animais domésticos no censo dos cidadãos.

O Pacma propõe também que os profissionais que transportam ou sacrificam os animais em granjas ou matadouros façam cursos de sensibilização e que os rótulos de todos os produtos informem ao consumidor em que grau de liberdade o animal foi criado.

O partido, que tem candidatos para primeiro-ministro e para o congresso, está fazendo campanhas em várias capitais espanholas.

Fonte: BBC

Vegetarianos dificilmente sofrem de obesidade

Cientistas provaram que os vegetarianos dificilmente sofrem de obesidade e de aumento de colesterol. Além disso, os vegetarianos podem jactar-se de melhores condições de saúde e vida mais longa.

Todavia, ainda não se sabe se os vegetarianos vivem mais tempo devido a seu regime alimentar. Não se exclui a consideração de o número de fumantes ser menor entre aqueles que preferem manter-se à distância de pratos cárneos, o que pode explicar vida mais longa.

Os adversários do vegetarianismo dizem que as pessoas que não comem carne sofrem de deficiência de zinco, ferro, vitamina B12, proteína, iodo e cálcio. O Instituto de Pesquisa Alimentar da Eslováquia descobriu que filhos de pais vegetarianos apresentam deficiência de proteína. Tais crianças têm também nível mais baixo de ferro em seu sangue.

Algumas pessoas acreditam que o sistema digestivo humano não é adequado para a digestão de carne. Allen Carr, conhecido por seu Método Fácil de Parar de Fumar - Easyway To Stop Smoking Method, diz que a carne é um alimento substituto que não tem o valor nutritivo necessário. Os intestinos humanos são longos demais, enquanto que a carne decompõe-se rapidamente. Eis porque, acredita o especialista, a carne torna-se veneno para o corpo humano.

Adversários do vegetarianismo afirmam que os seres humanos têm sido predatórios por milhares de anos. Cientistas da universidade catalã Rovira i Virgili descobriram restos de um vetusto europeu do sexo masculino. Os restos descobertos tinham mais de um milhão de anos de idade. Armas primitivas e ossos de animais encontrados perto do corpo da antiga criatura de aparência humana testificavam do fato de que nossos ancestrais comiam carne animal.

Acredita-se, em geral, que apenas pessoas instruídas e socialmente responsáveis podem tornar-se vegetarianas. Especialistas da Universidade de Sothampton, na Grã-Bretanha, concluíram, como resultado de muitos anos de pesquisa, que crianças com QI mais alto podem tornar-se vegetarianas mais frequentemente à medida que crescem do que crianças com QI mais baixo.

Não é segredo para ninguém que os vegetarianos substituem a carne por produtos da soja. Especialistas da Universidade de Oxford descobriram que esses produtos, que servem como fonte de aminoácidos para os vegetarianos, podem produzir efeito negativo na memória. Os especialistas concluíram que aqueles que consomem grande quantidade de tofu em picles têm menor atividade cerebral.

Os vegetarianos acreditam que é imoral e cruel comer a carne de outras criaturas, especialmente quando não há necessidade vital de fazê-lo. Com efeito, algumas pessoas se tornam herbívoras exclusivamente devido a essa assunção. Muitas dizem não à carne animal depois de ver o que acontece nos matadouros.

Algumas pessoas acreditam que o vegetarianismo é um estilo de vida de luxo, só viável em países de clima mais quente. Não é preciso dizer que os países do norte não dispõem de suficiente variedade de frutas e verduras para alimentação, razão pela qual é simplesmente impossível para as pessoas que moram em países do norte tornarem-se vegetarianas.

Os vegetarianos dizem que não basta simplesmente eliminar a carne da alimentação diária para tornar-se vegetariano. Caso assim se faça, a dieta vegetariana só poderá revelar-se nociva. A consideração saudável e razoável do estado de saúde e das possibilidades financeiras das pessoas é extremamente importante no atinente ao tipo correto de dieta. Acima de tudo, é muito dispendioso ser-se vegetariano num país onde o inverno é três vezes mais longo do que o verão. Em segundo lugar, uma mudança súbita e significativa da dieta pode ser muito nociva para a saúde.

Fonte: Pravda

terça-feira, 26 de agosto de 2008

LAERTE LEVAI EM NOVA FRIBURGO/RJ‏

Direito dos Animais a Última fronteira Ética.

30/08/2008
Com início as 9h30min

Palestrante:
Dr. Laerte Fernando Levai

Loca:
Salão nobre do tribunal do júri do fórum da comarca de Nova Friburgo

Inscrições gratuitas:

III Núcleo da EMERJ

NOVA FRIBURGO
Tel.: (22) 2522-2324

Japão deu casa a 211 Baleias no Pacífico Norte

Tras uma temporada de três meses no Pacífico norte desenrolando no de "casa científica", a frota baleeira japonesa regreça ao Japão com um total de 211 baleias capturadas.

Leia mais AQUI

Intoxicação por carne mata 12 no Canadá

Autoridades sanitárias já retiraram mais de 220 produtos suspeitos de conter uma bactéria mortal, chamada listéria.


Veja o video inteiro aqui no Terra

Macaco-prego sente prazer em ajudar

Entre obter comida apenas para si ou também para outro símio, primata prefere ajudar.
Para pesquisadores, sentimento básico de empatia é igual ao que existe em humanos.

Os macacos-pregos (Cebus apella) provavelmente não iriam tão longe a ponto de endossar a máxima segundo a qual é melhor dar que receber, mas eles parecem gostar tanto de fazer o bem ao próximo quanto os seres humanos, sugere uma nova pesquisa. Pesquisadores da Universidade Emory, nos Estados Unidos, verificaram que ps símios deixam de lado o egoísmo quando o assunto é comida, ao menos na maior parte das vezes. Confrontados com a escolha entre receberem sozinhos uma guloseima ou fazer com que um parceiro também a ganhe, os bichos normalmente preferem a segunda opção.

O experimento, cuidadosamente bolado, é obra do primatólogo Frans de Waal e seus colegas da Emory e está descrito na edição desta semana da revista científica "PNAS". Waal, de origem holandesa, é um dos principais pesquisadores a estudar a origem evolutiva das chamadas emoções morais -- empatia, compaixão, senso de justiça e sentimentos assemelhados -- nos parentes mais próximos da humanidade. Waal normalmente trabalha com chimpanzés e bonobos (ou chimpanzés-pigmeus, como também são conhecidos), mas os macacos-pregos, comparativamente mais distantes da nossa linhagem, também têm cérebro avantajado e estrutura social complexa, o que favorece esse tipo de pesquisa.

Leia Mais Aqui

Fonte: G1

Jill´s Film: Lendária ativista ganha filme

Já está disponível no youtube: “Jill´s film”, o filme sobre a histórica ativista britânica Jill Phipps, que morreu a 1 de fevereiro de 1995, atropelada por um caminhão de transporte de animais, enquanto protestava contra o transporte de vitelos no aeroporto de Coventry, na Inglaterra, e contra o tratamento destes bebês como comida.

Um filme marcante e comovente que oferece uma perspectiva até aqui nunca revelada de forma tão aberta, completa e clara acerca de Jill e dos ativistas dos direitos dos animais que, como ela, batalham diariamente para que o mundo seja justo também para os outros animais que, só por não pertencerem à espécie humana, são por esta injusta e arbitrariamente tiranizados, escravizados, torturados e mortos.

Veja o “Jill´s Film” no YouTube em:

“Jill´s Film – Part 1″: http://www.youtube.com/watch?v=K_ynvPtCd2g

“Jill´s Film – Part 2″: http://www.youtube.com/watch?v=XubIUrWJ7ro

“Jill´s Film – Part 3″: http://www.youtube.com/watch?v=J1jOLviy15w

“Jill´s Film – Part 4″: http://www.youtube.com/watch?v=n7dvQpOd3vc

Fonte: Vista-se

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

NOVA CARA PARA O VEG-INFOS

Olá, bom galera, como vocês poderam notar o Veg-Infos está de cara nova, espero que vocês tenham gostado, deu um pouco de trabalho, perdi minha tarde fazendo essa nova mudança, espero que vocês gostem, peço desculpas pelos transtornos da mudança, caso vocês achem algum erro ou tenham alguma opinião a dar, mande-me um e-mail ou deixe um comentário aqui no post que eu lerei assim que poder blz?

Grande abraço a todos Veges.

by: Egon Henrique

EVENTO SOBRE DIREITOS ANIMAIS NA USP

Mesa redonda

Direito Ambiental e Direito dos Animais: uma reflexão crítica
  • Laerte Fernando Levai - promotor de justiça
  • Vânia Rall Daró - advogada
  • Paulo S. Almeida - professor USP
  • Valéria Magalhães - professora USP
  • Guilherme de Almeida - mediador
Local
Auditório vermelho da EACH - Escola de Artes, Ciências e Humanidades (USP Leste) - R. Arlindo Béttio, 1000 - Ermelino Matarazzo - São Paulo/SP
Data
27/08/2008 - quarta-feira
Hora
18:00h às 20:30h
ENTRADA FRANCA

Outras informações: amigoeobicho@usp.br

Deputado opina sobre manifestos em Porto Alegre

O Dep. Jerônimo Goergen (PP) considera nossos manifesto inapropriado.

Protesto contra consumo de animais e derivados é considerado inapropriado pelo deputado Jerônimo Goergen (PP)
Ativistas de um grupo de vegetarianos contrários ao consumo de carne e derivados pretendem fazer manifestação durante a Expointer 2008. Eles tem a intenção de "convencer" os visitantes da maior feira agropecuária a céu aberto da América Latina a não consumir mais estes produtos. O grupo é defensor da igualdade das espécies e promete protestar no próximo dia 30 em frente ao parque de exposições Assis Brasil, em Esteio.

O deputado estadual Jerônimo Goergen repudia tal ação, tendo em vista o fato de que a Expointer vai muito além das questões alimentares, já que é um evento consolidado que envolve negócios relacionados a economias locais, de outros estados e nações. O parlamentar considera que a manifestação como uma afronta aos interesses de Estado e da sociedade gaúcha como um todo: "Respeito o direito das pessoas de escolherem qual alimentação fazer. Porém não podemos retroceder. A humanidade durante milênios se alimentou de carne e derivados e continua cada vez mais consumindo este produto. A Expointer é a celebração da produção primária de nosso estado e a esmagadora maioria das milhares de pessoas que lá vão são consumidoras de carne”, diz Jerônimo.

Fonte: Explorinter 2008

Filhote de baleia pode ser sacrificado

Autoridades na Austrália revelaram nesta quinta-feira que cogitam sacrificar um filhote de baleia que se perdeu da mãe ao confundi-la com um veleiro ancorado no litoral da Austrália.


Veterinários coletaram amostras de sangue da baleia para tomar uma decisão sobre o sacrifício do animal.

O especialista Bunna Lawrence afirmou que o filhote de baleia está sentindo falta dos adultos e que quer voltar para o oceano.

O animal foi encontrado na segunda-feira quando tentava mamar em um veleiro numa baía ao norte de Sydney.

Nos últimos dias, ativistas conseguiram evitar que o bebê morresse de inanição.

Caso os especialistas considerem o bebê suficientemente forte para ser solto no oceano, ele deve ser rebocado.

Na segunda-feira, a baleia chegou a ser levada para alto-mar na esperança de que reencontrasse a mãe ou um grupo de baleias adultas, mas no dia seguinte, voltou a ser vista perto da costa.

Fonte: Terra

O MODELO ANIMAL

Sérgio Greif

Se um pesquisador propusesse testar um medicamento para idosos utilizando como modelo moças de vinte anos; ou testar os benefícios de determinada droga para minimizar os efeitos da menopausa utilizando como modelo homens, certamente haveria um questionamento quanto à cientificidade de sua metodologia.

Isso porque assume-se que moças não sejam modelos representativos da população de idosos e que rapazes não sejam o melhor modelo para o estudo de problemas pertinentes às mulheres. Se isso é lógico, e estamos tratando de uma mesma espécie, por que motivo aceitamos como científico que se teste drogas para idosos ou para mulheres em animais que sequer pertencem à mesma espécie?

Por que aceitar que a cura para a AIDS esteja no teste de medicamentos em animais que sequer desenvolvem essa doença? E mesmo que o fizessem, como dizer que a doença se comporta nesses animais da mesma forma que em humanos? Mesmo livros de bioterismo reconhecem que o modelo animal não é adequado.

Dados experimentais obtidos de uma espécie não podem ser extrapolados para outras espécies. Se queremos saber de que forma determinada espécie reage a determinado estímulo, a única forma de fazê-lo é observando populações dessa espécie naturalmente recebendo esse estímulo ou induzi-lo em certa população.

Induzir o estímulo esbarra no problema da ética e da cientificidade. Primeira pergunta: será que é certo, será que é meu direito pegar indivíduos e induzir neles estímulos que naturalmente não estavam incidindo sobre eles? Segunda pergunta: será que é científico, se o organismo receber um estímulo induzido, de maneira diferente à forma como ele naturalmente se daria, será ele modelo representativo da condição real?

Ratos não são seres humanos em miniatura. Drogas aplicadas em ratos não nos dão indícios do que acontecerá quando seres humanos consumirem essas mesmas drogas. Há algumas semelhanças no funcionamento dos sistemas de ratos e homens, é claro, somos todos mamíferos, mas essas semelhanças são paralelos. Não se pode ignorar as diferenças, as muitas variáveis que tornam cada espécie única. Essas diferenças, por menores que pareçam, são tão significativas que por vezes produzem resultados antagônicos.

Testes realizados em ratos não servem tampouco para avaliar os efeitos de drogas em camundongos. Isso porque apesar de aparente semelhança, ambas as espécies possuem vias metabólicas bastante diferentes. Diferenças metabólicas não são difíceis de encontrar nem mesmo dentro de uma mesma espécie, admite-se que as drogas presentes no mercado são efetivas apenas para 30-50% da população humana.

Na prática o que acontece é que um rato pode receber uma dose de determinada substância e metabolizá-la de maneira que ela se biotransforme em um composto tóxico. A toxicidade mata o rato, mas no ser humano essa droga poderia ser inócua, quem sabe a resposta para uma doença severa. Por outro lado, o teste em ratos pode demonstrar a segurança de uma droga que no ser humano se demonstre tóxica.

Centenas de drogas testadas e aprovadas em animais foram colocadas no mercado para uso por seres humanos e precisaram ser recolhidas poucos meses após, por haverem sido identificados efeitos adversos à população. Se as pesquisas com animais realmente pudessem prever os efeitos de drogas a seres humanos, esses eventos não teriam ocorrido. Dessa forma, pode-se inferir que a pesquisa que utiliza animais como modelo não só não beneficia seres humanos, como também potencialmente os prejudica.

O modelo de saúde que defendemos é aquele que valoriza a vida humana e animal. Os interesses da indústria farmacêutica e das instituições de pesquisa que lucram com a experimentação animal não nos dizem respeito. Buscamos por soluções reais para problemas reais.

Os maiores progressos em saúde coletiva se deram através de sucessivas mudanças no estilo de vida das populações. Há uma forte co-relação entre nossa saúde e o estilo de vida que levamos. Se nosso estilo de vida é dessa ou daquela forma, isso reflete em nossa saúde. Está claro que as doenças sejam reflexo, em grande parte, de nosso estilo de vida e que a cura deva estar em correções nesses hábitos.



Sérgio Greif é biólogo, mestre em Alimentos e Nutrição, co-autor dos livro "A Verdadeira Face da Experimentação Animal: A sua saúde em perigo" e "Alternativas ao Uso de Animais Vivos na Educação: pela ciência responsável". E-mail: sergio_greif@yahoo.com.

Fonte: Sentiens

ESTÁ TÃO NA CARA QUE É DIFÍCIL ENXERGAR

Luciano Carlos Cunha
luciano@sentiens.net


PARTE I
PARTE II
PARTE III
PARTE IV
PARTE V
PARTE VI
PARTE VII
PARTE VIII

UMA QUESTÃO DE AMOR OU UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA?

1 – ERRANDO O ALVO: LIMITES DE ALGUNS ARGUMENTOS DE DEVERES DIRETOS

No movimento em defesa dos animais em geral, é comum o uso de vários tipos de argumentos para educar outras pessoas sobre problemas com a exploração animal (seja na alimentação, na ciência, entretenimento, tração, etc.). Na parte IV desse ensaio analisei alguns argumentos de deveres indiretos com relação aos animais não-humanos (entre eles, abster-se de comer produtos de origem animal por questões de saúde ou devido ao impacto ambiental, ou se opor à experimentação animal devido a problemas de extrapolação de dados de uma espécie para outra, por exemplo) e concluí que todos eles, além de não servirem para reivindicar um dever de respeito aos animais (ou tampouco o direito da parte deles de não serem usados como recursos), não atingem o ponto principal da questão: se há ou não justificativa ética para se usar os animais. Todos os argumentos de deveres indiretos já postulam de antemão, que os animais por si mesmos não contam, ou seja, assumem aquilo que deveriam antes, provar).

Ironicamente, tais argumentos são não apenas utilizados abundantemente pelo movimento de defesa animal, como são colocados como sendo os argumentos principais, senão os únicos. Caso tal uso partisse daqueles que não querem realmente defender os animais (e querem encontrar uma brecha para continuar explorando-os) seria compreensível o uso desses argumentos como se fossem os principais ou únicos. Por exemplo, alguém que pretendesse fazer propaganda de sua granja de produção sustentável poderia alegar que o erro com o uso de animais é o impacto ambiental. O que é difícil de entender é o fato de muitos ativistas de defesa animal pensarem que o erro em se usar os animais radica aí. Geralmente no discurso do movimento (panfletos, por exemplo) encontram-se muitos desses argumentos, e lá no final, algo como “Ah, e além disso tudo você ainda pode se tornar vegano por questões éticas!”. Essa postura revela uma grande falha tanto em entender o que significa a idéia dos direitos animais quanto em entender o que significa uma questão de ética. Essa falha é mais perigosa ainda porque parte daqueles que pretendem defender os animais. Se há a pergunta “usar animais é errado?”, é a ética que deve responder, pois é a ética que busca fundamentar a ação correta e, além disso, responder sobre esta prática e não sobre o seus efeitos colaterais (danos na saúde humana por ingerir produtos de origem animal ou usar medicamento que foi testado em animais, impacto ambiental, etc.). O movimento de defesa animal, em geral, tem se esquecido de endereçar a questão principal.

Na mesma parte IV, mencionei também alguns argumentos de deveres diretos, como o dever de não causar dor ou sofrimento e o de sentir algo pelos animais (como amor ou compaixão), e também os considerei insuficientes para garantir uma proteção aos animais (muito menos libertá-los de sua escravidão) e para mudar o paradigma especista que vigora em nossas mentes. Na presente parte deste ensaio me concentrarei no argumento do amor ou compaixão, e na próxima, direi algo sobre a ênfase na idéia do sofrimento. No discurso do movimento, também é freqüente aparecer a seguinte idéia (sobre deveres diretos) “opte pela abordagem que funcionará melhor com cada pessoa, nenhuma delas é melhor do que a outra: seja o amor e a compaixão, seja o respeito pelo sofrimento, sejam os direitos”1. Vou defender que tal idéia é falsa porque a defesa de direitos (morais e legais) possui alguns alcances que as outras duas visões (que chamarei de posição dos sentimentos e posição bem-estarista, respectivamente) não possuem. Novamente, colocar a defesa de direitos (que é uma defesa que se baseia numa argumentação ética) como algo a se opcionalmente respeitar ou reivindicar é compreender mal a idéia de direitos e a questão sobre se há ou não justificativa ética para o uso de animais. Não abordarei aqui a objeção de que “não há justificativa ética, mas mesmo assim é certo usar os animais”, pois essa objeção se baseia numa total ignorância quanto ao conceito de ética, já que é esse tipo de raciocínio (o raciocínio ético) que fundamenta qual a ação correta.

Antes de iniciar, porém, pela sétima vez (e às vezes, parece que muitos leitores pulam esse parágrafo) terei de enfatizar o que venho frisando nas outras partes deste ensaio: aqueles que pensam ser a ética relativa a cada sociedade ou subjetiva a cada indivíduo muito provavelmente não entenderão a análise feita aqui. A crítica feita aqui é um exercício de raciocínio ético, e, como as duas posições (relativismo e subjetivismo) não admitem que a razão possa ter um papel na formulação dos juízos e princípios éticos, realmente fica difícil (e inútil) discutir ética nessas bases. Uma refutação do relativismo e do subjetivismo, bem como algo sobre o papel da razão na ética podem ser encontrados no artigo dividido em seis partes disponível aqui: www.sentiens.net/top/PA_ACD_lucianocunha_
03_p1_top.html
. Para os que defendem que a ética é relativa ou subjetiva, é necessário primeiro lerem o referido artigo para daí então compreenderem em que campo se traça a crítica feita aqui.

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Fonte: Sentiens