quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Surto de clostridiose atinge animais

A Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) alerta produtores de bovinos, principalmente da bacia leiteira, a vacinarem seus rebanhos contra as clostridioses. Há cerca de um mês, a região tem apresentado casos da doença.

Neste período, mais de 30 animais já morreram em decorrência da enfermidade. ?Os sintomas são parecidos com os da raiva: febre alta e paralisia dos membros. Os animais morrem, em média, em 8 a 10 dias, e só as vacinas podem garantir uma proteção adequada do rebanho?, explica Cícero Cavalcante, gerente de Defesa e Inspeção Animal da Adeal, que recomenda ainda enterrar os animais mortos para evitar a propagação da bactéria.

As clostridioses são causadas por bactérias do gênero clostridium, normalmente presentes no solo e no tubo digestivo dos animais, mesmo sadios. Os clostrídeos produzem poderosas toxinas, responsáveis pelos sintomas e lesões observados nos animais doentes. Além de bovinos, também são responsáveis por surtos de mortalidade em ovinos e caprinos.

Essas enfermidades ocorrem em todo o país e, dependendo do tipo de bactéria, podem ser caracterizadas como botulismo, enterotoxemias, carbúnculo sintomático (ou manqueira), gangrena gasosa, tétano, morte súbita por clostrídeos e hemoglobinúria bacilar. ?A Adeal está programando coletas de material nos animais doentes para identificar qual o tipo de bactéria que tem causado esse surto de mortalidade?, diz Cavalcante.

Para evitar as mortes por clostridioses o pecuarista deve realizar a vacinação observando o manejo correto durante a aplicação: Manter a vacina na geladeira ou em isopor com gelo (2 a 8°C), até o momento da aplicação; não congelar; lavar e esterilizar por fervura seringas e agulhas; utilizar sempre material limpo; não usar desinfetantes; trocar a agulha com freqüência; não utilizar agulhas rombudas ou de grosso calibre; agitar o frasco antes de usar; aplicar a vacina na tábua do pescoço, evitando locais sujos com barro ou esterco; realizar a vacinação com calma, sem correrias ou muito estresse para os animais; não guardar frascos com vacina já usada; utilizar todo o frasco uma vez aberto; restos de vacinas não utilizadas devem ser destruídos.

Em caso de dúvidas, o produtor pode ligar gratuitamente para 0800 82 0040.

Fonte: Alagoas 24horas

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