quinta-feira, 27 de novembro de 2008

França em campanha contra o uso de peles

Em Paris e em várias cidades francesas está sendo realizada a nova campanha da Fundação Brigitte Bardot destinada a sensibilizar o público sobre o destino dos animais de pele.

Nas ruas, já podem ser vistos três anúncios que mostram imagens de consumidores de peles (moça com colete e carteira feita de pele de coelho, um rapaz vestindo um casaco com capuz de pele e uma mulher de casaco comprido) em frente aos animais mortos.

A associação "La Fourrure Française" - "A Pele Francesa", criada em setembro de 2008, reagiu apresentando queixa junto à Autoridade de Regulação Profissional da Publicidade francesa para denunciar a "violência" desta campanha.

Violência da campanha? A violência na realidade está presente no cotidiano da criação intensiva de animais onde milhões de raposas, martas, chinchilas e outros animais ficam presos em gaiolas, sem condição até de satisfazer as necessidades fisiológicas. Os animais aprisionados, incapazes de expressar sua natureza acabam adquirindo comportamentos neuróticos, a ponto de se mutilarem. Após uma vida de miséria, os animais são mortos com gás, electrocutados, até mesmo esfolados vivos como já foi constatado, repetidas vezes, nos mercados chineses. Além disso, a indústria de peles é altamente poluente, assim como todas as criações intensivas de animais.
Apreensão
Alguns comerciantes de peles, na tentativa de enganar o consumidor, estão vendendo peles de animais como peles sintéticas. Autoridades francesas apreenderam recentemente, em Paris, mais de 4.000 casacos com golas em pele de gato e de cão estavam sendo comercializados com etiqueta de pele sintética.
Se é possível fazer passar pele verdadeira por pele falsa, na dúvida é melhor não comprar produtos que usem esse material. Lembremo-nos que 50 milhões de animais (sem contar os coelhos) são mortos todos os anos para alimentar o mercado das peles.

Pesquisa: Fondation Brigitte Bardot

Fonte: ANDA

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