quarta-feira, 24 de junho de 2009

Falta de informação: um grande problema para o bem-estar das baleias

Nessa segunda-feira, na 61ª Reunião Anual da Comissão Internacional da Baleia (CIB), 85 países-membros se reuniram para discutir questões de bem-estar de baleias caçadas.

Como em anos anteriores, diversos países expressaram seu desapontamento com o fato de que os países que praticam a caça de baleias não estão disponibilizando informações suficientes.

Claire Bass, Gerente do Programa de Mamíferos Marinhos da Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA), disse: "Os países que caçam baleias estão tentando manter o bem-estar animal fora da agenda ao não fornecer informações. Parece que eles não querem compartilhar tudo o que acontece no mar e acreditam que uma postura "o que olhos não veem, coração não sente" é a melhor maneira de esconder essa prática cruel da crítica internacional".

A Comissão também constatou que, no ano passado, o Japão caçou 1.004 baleias dentro da permissão para caça científica. Como cerca de um quarto dessas baleias era de fêmeas grávidas, ocasionando uma perda de 251 fetos, o número real de mortes é de 1.255 baleias.

CIB é solicitada a rejeitar o pedido da Groenlândia por 10 baleias jubarte

A WSPA se juntou a 20 ONGs para pedir aos membros da Comissão Internacional da Baleia para rejeitar o pedido da Groenlândia por uma quota de 10 baleias jubarte.

Dinamarca, atuando em nome da Groenlândia, apresentou pela segunda vez o pedido para aumentar sua quota de caça aborígene de subsistência (Aboriginal Subsistence Whaling – ASW), depois de o pedido ter sido negado na reunião do ano passado (nota 1).

O pedido foi visto de forma negativa por ONGs e Comissários de diversos países que se opuseram ao pedido devido ao fato de a Groenlândia ter fracassado em demonstrar a necessidade de mais produtos derivados de baleia para sua subsistência.

Uma investigação secreta na Groenlândia, levada a cabo pela WSPA em 2008, revelou que baleias das chamadas “caças de subsistência” estavam sendo processadas numa fábrica de Maniitsoq e vendidas comercialmente em mais de 100 supermercados do país (nota 2).

"Nossa investigação no ano passado provou que quase 25% da caça de baleias na Groenlândia são de natureza comercial, e tudo indica que nada mudou desde então. A CIB precisa negar esse pedido por mais baleias e mantê-las fora das prateleiras dos supermercados da Groenlândia", disse Claire Bass.

Novas evidências apresentadas este ano ao Comitê Científico da CIB também sugerem que a quota atual da Groenlândia de 233 grandes baleias deve render mais carne do que o país alega: algumas baleias minke de 8 toneladas renderam oficialmente 100 quilos de carne. Além disso, ao calcular sua necessidade de subsistência, a Groenlândia não leva em conta as mais de 300 toneladas e carne e gordura provenientes de pequenas caças de cetáceos. Esses fatos enfraquecem ainda mais os pedidos daquele país quanto à “necessidade” de mais carne de baleia.

“A Groenlândia tem dizimado populações de pequenas baleias e golfinhos, tais como narwhal e beluga, causando grande sofrimento para pelo menos 4.000 desses animais a cada ano. Acrescentar baleias jubarte à longa lista deles é desnecessário e inaceitável”, concluiu Bass. Notas:

1: Na 60a Reuião da CIB, em 2008, a Groenlândia pediu uma quota de 10 baleias jubarte. O pedido foi recusado por 36 votos contra e 29 a favor, com 2 abstenções e muitos países preocupados com a falta de necessidade por tais produtos.

2: “Exploding Myths”, um relatório produzido pela WSPA em 2008, apresenta provas registradas numa investigação secreta que demonstram a natureza comercial de cerca de um quarto das atuais caças da Groenlândia: http://www.wspa-international.org/Images/ExplodingMyths_tcm25-3402.pdf

Para mais informações, entre em contato com Bernardo Torrico: 21 3820 8215 / 21 8306 0712 / btorrico@wspabr.org A Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA) é a maior federação de organizações de bem-estar animal do mundo, representando mais de 1.000 afiliadas em 156 países. Através de trabalhos de campo, campanhas, trabalho legislativo, educação e programas de treinamento, a WSPA luta para criar um mundo onde o bem-estar animal importe e os maus tratos contra os animais tenham fim.

Fonte: 360 graus

1 comentários:

WSPA Brasil disse...

Olá,

sou responsável pelo controle de mídia da WSPA Brasil - World Society for the Protection of Animals - e gostaria de saber se vocês teriam como nos fornecer a média de visitantes do blog por dia ou por mês. Essa informação seria incluída no controle que fazemos através do clipping para saber em que mídias foram publicadas matérias sobre a WSPA.



Agradeço desde já a sua atenção.


Atenciosamente.

Gisele Ramado
Comunicação Interna
Sociedade Mundial de Proteção Animal - WSPA

www.wspabrasil.org