sexta-feira, 1 de maio de 2009

Que rumo tomará o veganismo?

Este texto promove reflexões a respeito do veganismo de um ponto de vista pessoal, sobre o qual falo com franqueza. Sendo assim, que a leitora e o leitor reflitam e analisem, por si mesmos, o conhecimento aqui abordado.

Na humanidade sempre existiram pessoas que adotaram o vegetarianismo por várias razões, como, por exemplo, questões de saúde, questões morais, questões ambientais, questões religiosas e/ou espirituais, questões filosóficas etc., todas de grande importância para seus adeptos! Não obstante, um dos principais fundamentos que tem levado vários indivíduos praticarem e se aprofundarem no vegetarianismo tem sido de ordem ética.

Ao ser humano, é sabido que a qualidade de ser equânime para com os animais é sentida segundo a sua capacidade de experimentá-la emocionalmente, vivê-la sentimentalmente e compreendê-la racionalmente. A partir daí, ele a assimila como lhe aprouver.

Moral da minha mudança: há vários caminhos para abraçarmos causas justas, um deles, que não foi o único que abracei, é a educação vegana abolicionista. Após aprofundar-me nas pesquisas sobre direitos animais, acabei compreendendo que o veganismo exerce um boicote mais profundo às atividades que contribuem para a desnecessária exploração animal. Sendo assim, tornei-me vegano no dia 23 de janeiro de 2001. E conforme o meu testemunho numa entrevista publicada na Revista dos Vegetarianos (nº 24), "foi a conscientização sobre a indústria de produtos testados em animais que mais pesou em minha decisão", porém mais importante que se tornar vegano é permanecer vegano!

Estou consciente de que, mesmo não sendo capaz de ser 100% vegano na sociedade moderna, procuro não satisfazer os meus sentidos de percepção sensorial com coisas desnecessárias — que promovem o uso e o sofrimento de seres incapazes de falarem por si mesmos — os animais não-humanos. Sempre busquei um significado mais profícuo e lúcido às preocupações que tenho na vida, e como existem várias mudanças benevolentes que devemos fazer no dia-a-dia, temos que estar abertos a todas elas, sem exceção! Através da auto-análise, é possível enxergamos a transformação ética de nossa existência muito além de qualquer "ismo" em particular!

Assim como concebo o racismo - termo que designa preconceito para com as outras "raças" — como um equívoco, de maneira análoga, concebo o deficiencismo1 como outro equívoco. E de maneira semelhante, concebo o especismo — termo que designa preconceito para com outras espécies — como mais um equívoco tão irracional quanto os anteriores que citei. Por causa do racismo, os negros já foram vistos como seres humanos sem direitos! Com a "abolição da escravatura", esse discurso não vingou, apesar de muitos negros ainda sofrerem preconceito! Por causa do deficiencismo, as pessoas com "deficiências" já foram tratadas por várias pessoas com um enorme menosprezo devido às suas limitações biopsíquicas, e até hoje ainda se vê preconceito para com elas, e quem das pessoas que se dizem "normais" não têm tais limitações? Na verdade, todos nós temos deficiências, mas em diferentes graus, e não só os portadores de necessidades educativas especiais.

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Fonte: Pensata Animal

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