Dedicação aos animais de rua é prova de amor em Canoas

A vida de quem recolhe, cuida e mantém animais abandonados ou vítimas de maus-tratos merece reconhecimento. Tirar dinheiro do próprio bolso para vacinar e tratar os bichinhos de rua nem sempre é um gesto compreendido por quem não entende a abnegação de pessoas como Eliane Tavares e Luciane Oliveira de Jesus. A primeira é fundadora, com mais 20 pessoas apaixonadas por bichos, da Associação de Proteção dos Animais de Canoas (Aprocan). A segunda é operadora de loja por profissão e voluntária por opção. Na sede da associação, no bairro Mato Grande, vivem 116 cachorros. "Poderia até ser mais, mas as condições financeiras e a desapropriação da área (para construção da BR-448) não nos permitem ampliar o número", menciona Eliane.

Perguntadas sobre o que as leva à rotina de sacrifícios de recolher animais da rua e tratá-los, ambas são enfáticas: o amor e a sensação de dever cumprido. "Os animais em situação de risco, machucados, são encaminhados a uma veterinária voluntária e depois trazidos ao canil ou a uma casa de passagem. As adoções de filhotes são mais comuns. De cães adultos somente três foram adotados no ano passado. Há animais que vivem há oito anos no canil", conta a presidente. No local, um caseiro cuida da alimentação, higiene e segurança dos bichanos. Voluntários além de fornecerem os alimentos e medicamentos, monitoram animais de rua, tratam e alimentam alguns.

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Fonte: Diário de Canoas