segunda-feira, 25 de maio de 2009

Aves silvestres de criadouro em Moreno estão sem ter para onde ir

Mais de cinquenta aves que vivem em um criadouro no município de Moreno, na Região Metropolitana, estão aguardando uma decisão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para mudar de casa. A pessoa que cuidava delas morreu há um ano e meio e o Ibama responsabiliza a família pela demora da transferência.

Ao todo são 53 aves, entre papagaios, araras, tucanos e ararajuba que vivem no criadouro que está com os dias contados. A decisão de fechar o Paraíso das Araras surgiu depois que o conservacionista, apaixonado pelas aves, morreu em 2007. Os três filhos moram longe, em Minas Gerais, não têm condições de manter os 21 viveiros e decidiram fechar o criadouro.

De acordo com o tratador de aves Admilson Alves, a família do antigo administrador do criadouro está tentando há mais de um ano resolver o problema. “O desejo da família hoje é que apareça um criador legalizado pelo Ibama, mas que a coisa ande rápido. O Ibama não se responsabiliza com nada de despesa de alimentação, de custo, de nada”, disse.

São gastos R$ 1.500 por mês para pagar dois funcionários e manter o cardápio variado das aves. “Segunda-feira é feijão, arroz e verdura; na terça é girassol; quarta é feijão, arroz e verdura; na quinta comem milho cozinhado; na sexta é girassol. Por dia é um quilo e meio de alimento. No domingo são 100 bananas e cinco quilos de mamão, só no almoço”,disse a tratadora de aves Maria Alves.

O criadouro existe há oito anos. Todas as 53 aves chegaram ao local encaminhadas pelo Ibama. Os animais foram apreendidos em operações de combate ao tráfico de animais silvestres ou estavam em sítios e casas sem autorização.

O conservacionista não era o dono das aves, mas uma espécie de fiel depositário. Agora, o destino delas depende do encaminhamento feito pelo próprio Ibama. E a indefinição já dura um ano. A família diz que o Ibama não define pra onde mandar as aves e os animais também não podem ficar no Ibama, pois o centro de triagem de animais silvestres está superlotado.

Os técnicos dizem que a família que herdou o criadouro não cumpriu os requisitos legais para transferir as aves. “O que está precisando agora é a formalização por parte deles junto ao Ibama de que os que estão interessados podem receber ou não esses animais. Depois que for dado entrada no documento, a gente vai agilizar o mais rápido possível”, afirmou a chefe do Núcleo de Fauna do Ibama Catarina Cabral.

Há pelo menos cinco interessados em adotar as araras, papagaios e tucanos. Enquanto a definição não sai os animais só poderão ser transferidos para um criadouro legalizado.

Fonte: 360 Graus

1 comentários:

maria juana disse...

porque não os soltam??