quarta-feira, 13 de maio de 2009

Açúcar: o doce amargo

A humanidade evoluiu durante milhares de anos nutrindo-se dos alimentos que a natureza oferecia. Alimentos que estavam ao alcance da mão como frutas, raízes, frutos do mar, aves, ovos, carnes em geral. Há menos de mil anos, entretanto, o homem conseguiu extrair o açúcar da natureza e, há pouco mais de 400 anos, praticamente universalizou seu consumo. Hoje, é possível relacionar essa ingestão com o aumento na incidência de doenças comuns atualmente, como câncer, obesidade, diabetes e problemas cardiovasculares.

A bioquímica humana revela que o coração é dependente de gorduras, proteínas, vitaminas e sais minerais, mas de nem um miligrama sequer de açúcar. A glicose que o cérebro precisa diariamente provem do açúcar já presente nos alimentos, fontes de carboidratos, e não é prejudicial ao organismo. O grande problema está no consumo do açúcar refinado.

Para ficar mais branco e soltinho, o açúcar extraído da natureza é submetido ao refino, que utiliza inúmeros produtos químicos. Nesse processo, fibras, sais minerais, proteínas e demais nutrientes são eliminados, resultando em um produto químico cheio de calorias vazias. O consumo do açúcar refinado ainda produz estado de superacidez que desmineraliza o organismo, levando à carência de cálcio, magnésio, zinco, cobre e selênio.

Mesmo sendo tão prejudicial, é fácil tornar-se escravo do açúcar, pois sua absorção é muito rápida. Logo que alcança o cérebro, juntamente com a insulina, libera triptofano, que se converte em serotonina, substância de ação tranqüilizante. Por isso, quando uma pessoa está nervosa logo se lhe oferece um copo de água com açúcar, que acalma.

Ainda assim, o consumo do açúcar é cada vez maior, aumentando a dependência, pois ele está presente em uma série de alimentos que comemos diariamente, como bolachas, pães, tortas e bebidas. A oferta ilimitada desses alimentos baratos e de alta concentração energética aliada ao sedentarismo crescente acaba resultando em uma população cada vez mais obesa e doente.

Substituir o açúcar refinado comum por açúcar mascavo ou mel na alimentação pode ser boa opção, pois estes produtos apresentam mais minerais e vitaminas na composição. Apesar disso, o consumo ainda deve ser controlado, pois também são substâncias altamente energéticas. O fundamental, portanto, é prestar mais atenção quanto ao consumo exagerado de açúcar na alimentação diária e avaliar a qualidade do que e como se come.

Fonte: Vida Integral

0 comentários: