sábado, 6 de setembro de 2008

"Rodeio Brasileiro" proíbido na capital algarvia

Faro: Associação de defesa dos animais consegue que tribunal proíba realização de "rodeio"

Faro, 05 Set (Lusa) - O Tribunal de Faro proibiu hoje a realização de um "rodeio brasileiro", espectáculo programado para a Feira do Cavalo de Estói, que decorre este fim-de-semana na capital algarvia, informou a associação Animal.

Faro, 05 Set (Lusa) - O Tribunal de Faro proibiu hoje a realização de um "rodeio brasileiro", espectáculo programado para a Feira do Cavalo de Estói, que decorre este fim-de-semana na capital algarvia, informou a associação Animal.

O "rodeio brasileiro" deveria acontecer sábado à noite, como parte do Campeonato Nacional de Rodeo, promovido pela associação portuguesa da modalidade e uma empresa que recentemente organizou um "rodeio" em Santiago do Cacém, que culminou no desabamento de uma bancada.

A proibição do espectáculo surge na sequência de uma providência cautelar apresentada pela associação dos direitos de defesa dos animais no Tribunal de Faro, que decretou a proibição do espectáculo durante aquela feira, sob pena de multa.

No final de Maio, a Megalqueva, a mesma empresa responsável pela organização do rodeio em Faro, realizou um "country rodeo" numa feira em Santiago do Cacém, que culminou na queda de uma bancada, provocando 60 feridos ligeiros.

A proibição decretada pelo Tribunal de Faro vincula a Megalqueva, a Junta de Freguesia de Estói e a Câmara Municipal de Faro, ordenando a estas entidades que se abstenham de realizar o "rodeio", lê-se na sentença emitida pelo tribunal.

Em comunicado, o presidente da "Animal", Miguel Moutinho, mostrou-se satisfeito com a decisão, que "impedirá que vários bois e cavalos sejam brutalmente violentados", já que os rodeios são espectáculos "extremamente violentos".

A associação sublinha que mesmo nos Estados Unidos e no Brasil, de onde são originários este tipo de espectáculos, já houve proibições idênticas, pelo grau de crueldade de que se revestem.

A agência Lusa tentou falar com a organização do espectáculo, mas tal não foi possível até ao momento.

MAD.

Lusa/Fim

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