quarta-feira, 17 de junho de 2009

Confinamento Animal - Zoolócigos, Você contribui com essa exploração?

Zoológicos
Se atualmente, com o auxílio dos meios de comunicação, as pessoas podem observar animais silvestres em seu próprio habitat, não interferindo no ambiente dos mesmos e no seu bem-estar, qual a justificativa ética para apreendê-los e confiná-los em jaulas com o intuito de entreter o ser humano? A manutenção de animais em cativeiro representa um adequado papel na educação ambiental?

Com o intuito de saciar os desejos e curiosidades do ser humano, estes seres vivos são submetidos a situações desfavoráveis, ocasionando um stress desnecessário o qual, muitas vezes, é externado através de comportamentos anormais, podendo levar a quadros graves de depressão e morte. É questionável o real aspecto educativo desses centros, no instante em que podemos verificar animais sob stress e com comportamentos alterados pelo cativeiro.

Deve-se levar em consideração que esses animais, muitas vezes, são oriundos de locais com clima, vegetação e alimentação distintas do zoológico onde estão confinados. É uma violação à natureza do animal. Em seu habitat natural o espaço disponível para aves, por exemplo, não pode ser comparado a um recinto fechado, independente de seu tamanho.

Sabe-se que o cativeiro é um fator limitante, e leva muitos animais a terem um comportamento diferenciado, até neurótico, sendo considerado um comportamento anormal, já que os locais onde permanecem confinados não proporcionam a eles as mesmas condições que seu habitat natural, interferindo no seu bem-estar. Ainda há o agravante da rotina de ser exposto aos visitantes barulhentos do zoológico durante todo o dia.

Veja alguns exemplos de comportamentos anormais, causados pelo estresse em cativeiro.

Zoocoses:
- Vomitar e comer o próprio vômito
- Comer fezes
- Andar em círculos
- Movimentar o corpo repetidamente para trás e para frente
- Balançar a cabeça para cima e para baixo
- Virar o pescoço de forma exagerada
- Morder e lamber as barras da jaula ou outros locais
- Auto-mutilação, como mastigar o próprio rabo, morder a perna, etc.



Os animais já reincidentes de outras explorações (circos, tráfico etc.) que deveriam estar recebendo tratamento especial em santuários, são novamente encarcerados e expostos ao grande público no zoológico, para divertimento deste e lucro de outros.

Um zoológico reduz a selva, a savana, enfim a natureza , a alguns metros quadrados de crueldade consentida e programada. Se na natureza um predador caça um animal, o faz no habitat natural de ambos, onde o animal caçado tem até chance de não o ser.

Sabemos que a natureza se constitui de ciclos contínuos de destruição e regeneração. mas não cabe ao animal humano chamar a si a autoria desses ciclos, desfigurando-os em seus objetivos. No zoológico, infelizes pequenos animais são estocados e jogados nas jaulas , vivos, para alimentar outros, maiores, mas tão infelizes quanto eles.

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De que adianta ir a um zoológico e ver um monte de animais enjaulados, a maioria em construções impróprias, com dormitórios escondidos em que o público não tem acesso a fim de se evitar a fiscalização do cidadão, com animais estressados, graves problemas de comportamento, movimentos repetitivos, olhar perdido no espaço e praticamente não demonstrando que existem. Não há nada que se aprenda neste local sobre vida natural dos animais, as suas estruturas sociais, o seu relacionamento com o meio ambiente, a sua forma de comunicação e os seus instintos e comportamentos naturais.

Nos zoológicos assistimos ao intenso sofrimento de animais que chegam a viver mais de 30 anos em condições imundas, espaços minúsculos, privados da sua liberdade e expostos a uma sobrevivência rotineira.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, os zôos não desempenham nenhum papel na conservação das espécies. O local adequado para os programas de conservação devem ser as regiões a que os animais pertencem naturalmente e não a milhares de quilômetros de distância, longe da selva, da floresta, do deserto, das montanhas, dos oceanos, num ambiente e clima completamente diferentes.

Passe valores corretos para seus filhos. Não vá a Zôos!

Prefira passeios que não financiam a exploração animal, que adicione bons valores e cultura, e que não seja em detrimento de outros seres. Não ensine a uma criança que é normal e divertido tirar a dignidade de outro ser para proveito próprio. Ensine o valor de respeitar.

Leve à reunião de pais, alternativas adequadas para os passeios escolares (parques, museus, planetários, sítios, teatros, festivais, exposições, feiras culturais e de ciência, locações históricas, passeios de barco etc.)

Passe vídeos, como os do Discovery Channel e Animal Planet para as crianças conhecerem os animais silvestres. Nesses vídeos os animais são filmados livres em seu habitat natural, com seu bando e rotina natural. Neles sim é visto uma situação real da natureza, e o mais importante, livre de exploração e crueldade.
Indo a áreas de mata preservada você poderá ver livremente macacos, aves, peixes, etc.

Fonte: ULA! União Libertária Animal

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