sexta-feira, 15 de maio de 2009

Uma amante dos animais

Há sete anos, a dona de casa Cláudia Mota, 40 anos, dedica quase todo seu tempo para cuidar de cães de rua. Todos os dias, fica das 11h às 20h no canil improvisado construído em um pátio da família, no bairro Cristal. A rotina é pesada. São 130 animais para dar comida e tratar. Todos foram encontrados nas ruas, a maior parte feridos, doentes ou muito velhos.

– Tem muitos cães que foram atropelados. Não consigo ver um animal agonizando de dor e não ajudar. E assim o número foi crescendo. Se eu dei chance para um, por que não vou dar chance para outro? – diz Cláudia, que recebe auxílio de um ajudante para cuidar da cachorrada.

Todo o material usado vem de recursos próprios e das ajudas dos amigos. Além dos 40 quilos diários de ração, gasta com medicamentos. No grupo, há animais cegos, surdos, amputados e com problemas cardíacos. As deficiências afastam os interessados em adotar.

– Geralmente, as pessoas querem os cachorros novinhos, bem de saúde. Quase ninguém pega os que estão todos quebrados – observa.

O trabalho incansável é anônimo. Cláudia nunca quis reportagem. Só aceitou contar sua história ao ZH Zona Sul em função do evento. Mas nem quer saber de fotografia. Prefere que a imagem mostrada seja dos seus cães.

– Faço isso por amor. O pouco que dou para eles é muito mais do que eles já tiveram – emociona-se.

Fonte: Zero Hora

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