segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Mickey Rourke expõe as dores da solidão

NOVA YORK - Ao conhecer Mickey Rourke, você logo gosta do cara. Ele cuida de cachorros maltratados! E chora bastante: pelos abusos que sofreu do padrasto, pelo irmão que morreu de câncer, por seus cachorros que padeceram de velhice e pelo fracasso de seu casamento com a atriz Carré Otis. E qual é o problema de chorar ao contar a mesma história em toda entrevista que dá? Quem se importa se o que ele conta ao repórter se parece com um diálogo ruim de um de seus ainda piores filmes (“Não tenho ninguém que possa me ajudar a me refazer”)? Mickey Rourke é, na verdade, um ator. Os papéis que já representou e as vidas que já viveu se misturaram de tal forma em sua mente que nem mesmo ele parece conseguir diferenciar a vida real dos personagens que interpreta.

Ele destruiu a carreira fazendo más escolhas, más atuações e tendo uma atitude autodestrutiva em sets de filmagens e na vida real. A ponto de Alan Parker, que o dirigiu em Angel heart (Coração satânico, no Brasil) ter afirmado ter sido um “pesadelo” e “perigoso”. Mesmo assim o ator não desistiu da carreira. Tanto que agora, com mais de 50 anos, faz seu terceiro trabalho após a retomada, no filme The wrestler (o lutador, em tradução literal, que entra em cartaz no mês que vem em Nova York e Los Angeles e ainda não tem data para estrear no Brasil). O filme foi muito bem recebido e especialistas em cinema sugerem que sua atuação é digna de um Oscar. Mickey Rourke digno de um Oscar. Será?

Fonte: JB Online

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