quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A triste imagem do tráfico de animais

Passarinho nasceu para voar e cantar; mico-leão-dourado nasceu para pular de árvore em árvore; jaguatirica nasceu para andar na floresta. Cada bicho tem um papel importante na natureza e direito à vida e à liberdade.

Entretanto, muitos desses animais são retirados de seu habitat e encontrados em caixas apertadas, tubos de PVC, sacolas, meias de nylon. Estão estressados, mutilados ou mortos.

Esse é o saldo do tráfico de animais silvestres, que movimenta bilhões de dólares em todo o mundo. Recentemente, para combater o tráfico, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) lançou uma campanha com fortes imagens para sensibilizar quem pensa em comprar um animal silvestre. De cada dez animais que são retirados da natureza, nove não sobrevivem.

Esse mercado baseia-se na cultura do aprisionamento de animais. "Antes, não se percebia como inadequado o aprisionamento de animais. Eram bichos de estimação. Hoje, se alguém realmente estima, tem que deixá-los livres. Esta mudança é relativamente recente. As campanhas são necessárias até chegar o momento que não haja mais tráfico. Até lá, será um caminho muito difícil", comenta o superintendente do Ibama no Paraná, José Álvaro da Silva Carneiro.


O Estado é considerado uma rota conhecida do tráfico de animais silvestres. O município de Foz do Iguaçu, por fazer fronteira com Paraguai e Argentina, tornou-se um relevante ponto de passagem.

Na captura, os locais mais críticos no Paraná são o litoral e áreas com grandes extensões de florestas, como a Serra da Esperança, na região dos Campos Gerais. As espécies mais visadas são papagaios e aves de canto.

Os bichos recuperados, por meio de denúncias ou fiscalização, são encaminhados para centros especializados no tratamento de animais silvestres. No Paraná, existe uma unidade em Tijucas do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, que funciona por meio de uma parceria do Ibama com a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Um outro centro está sendo construído em Toledo, na região oeste.

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Fonte: Paraná Online

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