domingo, 19 de outubro de 2008

O FIM DA EXPERIMENTAÇÃO ANIMAL

O FIM DA EXPERIMENTAÇÃO ANIMAL: CERTO, AINDA QUE ADIADO

George Guimarães
veddas@veddas.org.br

Apesar dos esforços dos ativistas pelos direitos animais, o projeto de lei 1.153/95, conhecido pelo nome de Lei Arouca, foi sancionado pelo Presidente da República no último dia 08 de outubro, levando sendo referida a partir de agora pelo número 11.784/08.

Eu considerei ter sido especialmente interessante atuar nesse momento peculiar da luta pelos direitos animais no Brasil. Pude ver cientistas que matam animais por motivos econômicos alegarem estar interessados no bem-estar desses que por suas mãos perdem a vida. Pude ainda observar o quão recorrente é a argumentação baseada na falsa necessidade do uso de animais para o avanço da ciência, alegação essa que, infelizmente, ainda é bem aceita pela sociedade.

Pude ver legisladores eleitos com a plataforma da proteção animal corroborando o discurso dos cientistas e de outros interessados na manutenção desse modelo arcaico que agora tem prorrogado o seu tempo de vida. Os legisladores que tiveram o apoio da comunidade que leva a bandeira da defesa animal tiveram um papel muito importante para esse resultado negativo, pois ao calarem-se (ou em alguns casos posicionarem-se favoráveis à aprovação da lei), passaram a errônea mensagem de que os defensores dos direitos animais estão de acordo com o atual desfecho. Não estamos!

Teria sido tudo isso uma grande confusão ou uma importante lição? Acreditar na primeira seria o erro mais grave e também o mais ingênuo, pois o que está acontecendo é nada menos que o escancarar da incoerência, tanto do lado dos que vivem à custa do modelo animal quanto dos que defendem meias soluções para atenuar o flagelo das vítimas. Todo esse incidente serviu para deixar ainda mais clara a deficiência que o movimento de defesa animal tem em sua representação no poder legislativo desse país, haja vista que aqueles que dizem representar a voz dos animais exerceram o seu poder para favorecer os opressores, fortalecendo-os ainda mais ao regulamentar a falácia que é a pesquisa com animais, e o fizeram sem contestação, simplesmente aceitando o falso argumento de que a aprovação dessa lei reduziria o sofrimento dos animais encarcerados em laboratórios. Apesar da falta ter sido mais grave entre os que usam a bandeira da defesa animal, o descaso e a parcialidade na escuta foi o que prevaleceu entre os legisladores.

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