LIMITES ÉTICOS E PRÁTICOS DOS DISCURSOS TRANSVERSAIS NA DEFESA DO VEGANISMO
Bruno Müller
bfmuller@gmail.com
É muito comum nos concentrarmos na discussão do onivorismo e dos mitos associados ao consumo ou não-consumo de produtos de origem animal. Hoje quero tirar o foco dos defensores da exploração animal, tratar de nós mesmos, e indagar: será que o que dizemos às pessoas realmente ajuda os animais?
Essa questão não se refere tão somente ao debate abolicionismo X bem-estarismo. Sem querer desmerecer essa que é a clivagem fundamental na questão dos direitos animais, eu gostaria de avançar sobre questões que encerram semelhanças com este debate, mas não se resumem a ele.
Quero falar hoje de uma abordagem muito comum no discurso pró-veganismo: a dos discursos transversais. Por "discursos transversais" entendo aquele discurso que usa de subterfúgios e mascara ou minimiza a motivação principal do veganismo - a ÉTICA - para tentar ser mais palatável à audiência, conquistando assim mais adeptos. Quem dos veganos já não viu inúmeros exemplos disso? Quantos de nós - eu inclusive, admito - já não perdemos nosso tempo lançando mão dessa estratégia?
Trata-se de assunto extenso, pois para cada questão fundamental do veganismo existe uma espécie de discurso transversal. No caso da experimentação animal, por exemplo, muitos privilegiam a discussão sobre os equívocos e riscos da experimentação animal, em vez de focar a questão central - o aprisionamento, tortura e morte de seres que deveriam ser livres. Aqui, no entanto, vou me concentrar nos exemplos de discursos transversais usados na defesa do vegetarianismo estrito. Naturalmente, a partir dos exemplos que irei mencionar, os veganos poderão recordar outros exemplos de discursos transversais.
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Fonte: Sentiens
terça-feira, 12 de agosto de 2008
LIMITES ÉTICOS NA DEFESA DO VEGANISMO
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