terça-feira, 12 de outubro de 2010

Hungria: voluntários tentam salvar animais

Após o desastre na Hungria, alguns voluntários tentam proteger os animais dos efeitos tóxicos da lama vermelha.

Devecser foi uma das aldeias mais afectadas. Face à aflição, muitos animais acabaram por ser abandonados.

“A lama tem um alto nível de alcalinidade com um ph de 13,7 o que pode provocar fissuras nas áreas queimadas da pele”, afirma um voluntário.

O trabalho é simples mas exige paciência e dedicação. Os animais são lavados com água e voltam a ser libertados na natureza.

O desastre ecológico da semana passada no Oeste da Hungria causou oito mortos e 150 feridos.

A lama tóxica provém de uma fábrica de alumínio. As equipas de emergência tentam agora impedir um novo acidente já que o reservatório da fábrica tem fissuras.

Ontem, a polícia húngara deteve o dono da empresa. O responsável é acusado de pôr em perigo as populações e o ambiente. O governo de Budapeste pondera a hipótese de nacionalizar a fábrica, uma instalação que data dos anos 40.


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Cãominhada contou com a participação de cerca de 400 cães

ADRIANA FEREZIM
Da Gazeta de Piracicaba
adriana.ferezim@gazetadepiracicaba.com.br

Cerca de 400 cães participaram da Cãominhada Contra Maus-Tratos realizada domingo (10) e que encerrou as atividades da Semana Municipal dos Direitos dos Animais, promovida pela ONG Vira Lata Vira Vida, Centro de Controle de Zoonoses de Piracicaba e Sociedade Piracicabana Proterora dos Animais (SPPA).

Pelo menos 800 pessoas levaram seus cães para passear no evento, que teve por objetivo conscientizar sobre a violência, o abandono, os maus-tratos contra cães, gatos, aves, cavalos, entre outras espécies.

Todos esses animais foram representados no evento pelo pit bull Sansão, que acompanhou a passeata em cima de uma caminhonete.

O início do passeio foi emocionante. Sansão foi recebido com aplausos pelos participantes. Ele é o símbolo da campanha contra os maus-tratos na cidade. Há cerca de dois meses ele foi resgatado pela ONG pesando 16 quilos. Chegou à beira da morte, foi tratado e se recuperou. Está pesando 32 quilos, os exames de sangue estão estabilizados e a medicação mais forte já foi suspensa.

“Ele está feliz. Crianças e adultos tiraram fotos e fizeram muito carinho nele. Todos tiveram livre acesso a ele, que brincou com todas as pessoas”, contou Miriam Miranda, presidente da entidade.

BÊNÇÃO. Foram 45 minutos de passeata. A cãominhada percorreu a avenida Alidor Pecorari, do campo de futebol da Rua do Porto até o Largo dos Pescadores, onde o frei Saul Perón abençoou os animais. Depois, todos retornaram para o campo. Alguns cães aproveitaram para se refrescar no rio Piracicaba.

A ONG distribuiu 340 bandanas para os cães. O Canil da Polícia Militar e o Canil da Guarda Civil acompanharam a cãominhada e no final do trajeto os cães da GC fizeram demonstrações de adestramento para o público.

A manifestação foi pacífica.Cães de todos os tamanhos e raças participaram. A maioria dos proprietários de raças grandes atendeu ao pedido e levaram seus cães de focinheira. Equipes de clínicas veterinárias, com viaturas e veterinários, deram apoio ao evento. Não foi registrada qualquer ocorrência. “O movimento foi pacífico e agradecemos a todos por atender ao nosso chamado para a conscientização contra os maus-tratos”, disse Miriam.

No percurso, os proprietários dos cães recolheram as fezes dos animais, deixando as ruas e calçadas limpas. A organização do evento distribuiu água para as pessoas e para os animais, com apoio da Administradora Brancalion e Água Hymalaia.

NÚMERO

32 quilos está pesando o pit bull Sansão, símbolo da campanha.


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Associação vai checar denúncia de maus tratos a cavalos

A Associação Protetora dos Animais de São Caetano recebeu denuncia de maus tratos aos cavalos participantes da cavalgada que será realizada hoje na cidade. Segundo a presidente da instituição, Mercedes Sanches Graça, os animais estão muito magros e com feridas no corpo.
Mercedes estará na concentração do evento às 9h30 com alguns integrantes da diretoria da associação e uma veterinária para checar a condição dos cavalos. A presidente afirmou que marcará presença nessa e nas próximas cavalgadas para realizar a fiscalização.
"Os animais que não estiverem em boas condições de saúde serão barrados, nem que tenha que chamar a polícia", disse Mercedes. "Estou rezando para que esteja tudo em ordem, para não ter que bater de frente com ninguém."


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Donos de animais podem mover ação, vacinação mata animais(MS)

Com 53 casos de reações a vacina contra a raiva, e registros de mortes após a vacinação, a Secretaria de Saúde do Estado mandou suspender a vacinação nos 139 municípios tocantinenses, seguindo orientação do Ministério da Saúde (MS), que iniciou investigação dos 1.401 eventos envolvendo cães e gatos, com mais de 200 mortes em todo o País. Em Palmas, muitos animais tiveram reações adversas a vacina após 72 horas de aplicada.

A advogada Alessandra Assunção, aconselha os palmenses que tiveram suas animais intoxicados a procurarem o Centro de Controle de Zoonoses para que o ocorrido seja notificado. “Por questões estatísticas é importante avisar o CCZ. Se houve morte do animal, a pessoa pode fazer um laudo veterinário e se possível uma necropsia que servirão de prova numa ação civil ou criminal contra o município”, explica Alessandra. “ Essa ação pode ser de indenização, por danos morais e materiais”, detalha a advogada, que completa: “ Só devemos lembrar que toda ação contra o poder público é demorada”.


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sábado, 2 de outubro de 2010

Grávida e vegan

Um monte de gente me pede para escrever sobre gravidez e veganismo. Demorei 9 meses para fazer isso porque eu simplesmente não via nada demais em estar grávida e ser vegan! Essa é minha dieta e estilo de vida há mais de 10 anos, e acho que estou tão acostumada às suas implicações que a gestação só mudou para mim o que mudou para todas as outras gestantes: maior preocupação em ser saudável, restrição a alguns tipos de alimentos (tipo cafeína), aumento na quantidade de outros (tipo couve), comer chocolate para sentir o bebê mexer, e assim por diante. Eu simplesmente não sabia o que escrever, então decidi DEScrever minha experiência. Espero ajudar outras veganas barrigudas!

Informação foi o que me fez virar vegan e, ao mesmo tempo, o veganismo me fez ir atrás de mais informação ainda. Desde sempre li muito a respeito; participei de congressos; vi filmes e documentários; pesquisei na internet. Isso resultou numa enorme mudança de hábitos: antes eu costumava jantar um prato de arroz, feijão, hambúrgueres, ovo frito e bacon. Passei a me preocupar mais com o que comia, primeiro para evitar ingredientes de origem animal (sou vegan por motivos éticos), depois para encontrar maior diversidade e variedade, finalmente para ser mais saudável. Incluí na minha dieta uma porção de frutas, verduras, legumes, sementes, nozes, cereais, leguminosas, castanhas e temperos para os quais eu torcia o nariz antes (mas coentro, algas, pimentão e quiabo continuaram de fora – simplesmente não descem!). Comecei a cozinhar e a descobrir pratos, culinárias e ingredientes, e a ir à feira e ao mercado com outros olhos. No começo, a preocupação era com a proteína, até que este mito caiu e o mundo vegano descobriu que o problema é na verdade a vitamina B12 – ao que parece, o único nutriente impossível de se encontrar exclusivamente em fontes vegetais (só de origem animal ou sintética). Nessa época, acreditava-se que dava para conseguir B12 em levedura de cerveja e em algas, mas estudos demonstraram que se trata de um análogo da vitamina, que não a substitui. Bom, com tanta informação, atividade física e hábitos saudáveis vieram de brinde quase que automaticamente, como complementos da dieta vegana (não é à toa que o pôster no consultório do meu médico tem, além de diversos alimentos, uma mulher praticando yoga e um sol – luz também é importante, e não é porque eu acho que podemos viver dela ou qualquer outro motivo ‘new age’ – é para o corpo produzir vitamina D mesmo).

Falando no médico, cerca de dois anos antes de engravidar decidi procurar um nutrólogo (médico especializado em nutrição) para ver se estava tudo bem comigo, principalmente em relação à B12, e em busca de orientação sobre como balancear melhor a alimentação. Na época ainda não planejava ser mãe, nem tinha qualquer sintoma ou problema de saúde – simplesmente achei que seria bom fazer um check up. E que check up! A primeira consulta durou umas 2 horas: ele perguntou tudo sobre meu histórico de saúde e hábitos de vida, fez a bioimpedância (que mede água, massa magra e gordura corporal, entre outras coisas) e me pediu muitos exames de sangue. Voltei algum tempo depois com os resultados e aí começamos a tentar deixar as coisas em ordem: dá-lhe injeção de B12, gotinhas e cápsulas de vitaminas. Descobri que também estava com carência de vitamina D, depois de anos morando na cidade da garoa e cultivando uma branqueleza impecável, e precisava de um reforço em alguns nutrientes (zinco e cálcio, por causa da vitamina D). Ficamos nessa um bom tempo: exames, suplementação, mudança de hábitos, até conseguir chegar num equilíbrio. Minha B12, por exemplo, só melhorou com uma super dose diária via oral – as injeções não foram tão bem absorvidas pelo meu organismo.

Depois de quase 2 anos, saí satisfeita do consultório dele: finalmente tinha conseguido balancear quase tudo! Agora era só fazer a manutenção com alimentação balanceada e a suplementação normal de B12 e vitamina D, que estava no limite mínimo e poderia prejudicar a absorção e retenção do cálcio. Eu estava com os nutrientes em ordem, praticando atividades físicas (yoga e corrida) e levando uma vida saudável (dentro do que São Paulo permite, é claro!).

Essa época coincidiu com minha decisão de engravidar. Além do controle do nutrólogo, outro que sempre mantive em dia é o da ginecologista: minha mãe teve câncer de mama e faço parte do grupo de risco, então nunca deixei isso atrasar. Felizmente, tudo estava em ordem da parte da GO também! Já comecei a tomar um multivitamínico para grávidas (o Materna) enquanto terminava os últimos suplementos do nutrólogo (que já tinha passado ácido fólico nesta última leva) e trancava as camisinhas na gaveta (por causa do risco do câncer, tive que parar de usar anticoncepcional aos 26 anos, depois de 10 anos de pílula). Conseguimos o resultado positivo no primeiro mês de tentativas!

Sei que estar com tudo em ordem antes me ajudou a engravidar facilmente e a ter uma gestação vegana tranqüila. E por ‘tudo em ordem’ não me refiro só à parte clínica, mas também aos hábitos saudáveis de alimentação e prática de atividade física. Arrisco dizer que ser vegan, ativa e saudável me ajudou a não sofrer ou sofrer menos os vários efeitos colaterais da gravidez: escapei das estrias, de vomitar (mesmo ficando enjoada, não coloquei nada pra fora nenhuma vez), de ficar inchada, da prisão de ventre, de ganhar peso demais e de sofrer dores insuportáveis na coluna. Com exceção dos ataques de pânico de mãe de primeira viagem, tive uma gestação bem sosseada. Escutei o tempo todo que ‘o pior ainda está por vir’, mas o pior não chegou nunca: escrevo este texto às 38 semanas de gestação sem praticamente ter passado por nada disso. E minha bebê se desenvolveu bem: ela estava sempre um pouco acima da média de meninos, ou seja, comprida e gorducha, mas sem sair do que é considerado saudável (e eu me lembro de ter que explicar para outra grávida do meu trabalho que mesmo continuando ‘sem comer nada’ – oi? – não faltariam nutrientes para a minha filha). Confesso que só saí perdendo no quesito ‘gases’: afinal, uma dieta vegan tem muitas fibras, o que faz o intestino funcionar melhor, o que enriquece a flora intestinal, o que significa mais bactérias produzindo mais gases…

Tive a sorte também de ter o acompanhamento de uma excelente ginecologista e obstetra, um atencioso especialista em medicina fetal (que fez todos os US) e, é claro, mantive as consultas com o nutrólogo. Logo que engravidei, voltei nele – que, além da Materna, me passou mais ferro, mais B12 e mais vitamina D (estávamos em pleno inverno), já prevendo o que o bebê iria sugar de mim e que eu teria dificuldades de repor só com a alimentação, ainda mais com os enjôos do primeiro trimestre. No meio da gestação, novo controle: desta vez focando no ferro e no cálcio (e mantendo a B12 e a vitamina D), antecipando a perda de sangue do parto e o que vai embora na amamentação. Também optei por suplementar o óleo de linhaça com cápsulas manipuladas, porque durante a gravidez simplesmente tomei pavor do sabor da semente e do óleo para temperar a comida, e esta é uma importante fonte vegetal de ômega 3 e 6.

Uma vez o marido, vendo minha coleção de potes de vitaminas em cima da cômoda, brincou que era ‘mais fácil comer carne’. A verdade é que toda gestante, vegana ou não, precisa de suplementação. No meu caso, acho que ela foi ainda mais completa (com o cálcio e a vitamina D) por causa de uma deficiência anterior que ainda estava sendo tratada e porque eu fiz um acompanhamento minucioso e detalhado com um médico especialista em nutrição. Já cansei de ouvir gestantes onívoras reclamando do enfraquecimento dos dentes, por exemplo, sinal de perda de cálcio; elas provavelmente não sabem que estão com este problema porque não o investigam, como eu fiz. Um pré-natal bem feito, o que não se resume à questão nutricional, mas também à ginecológica e obstétrica e à fetal, é essencial. Afinal, desde que nasça com saúde, no que vier depois a gente se vira: como diz minha mãe, onde comem e vivem dois, comem e vivem três.

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MAIONESE DE SOJA


Ingredientes


4 COLHERES DE SOPA DE LEITE DE SOJA EM PÓ(PSA)
1 XICARÁ DE AGUA GELADA
AZEITE,ÓLEO DE MILHO OU DE GIRASSOL


Preparo

MODO DE FAZER
COLOQUE A XICARÁ DE AGUA GELADA,AS 4 COLHERES DE LEITE DE SOJA,NO LIQUIDIFICADOR BATA ATÉ VIRAR UM MINGAU,VAI ACRESCENTANDO O OLEO OU AZEITE ATÉ FICAR NO PONTO.
ESSA É A MAIONESE NATURAL

Dica

DICAS DE OUTROS SABORES MAIONESE PRETA OU VERDE:ACRESCENTE AZEITONAS PRETAS OU VERDES,TEMPERO A GOSTO. MAIONESE VERDE:DUAS A TRÊS COLHERES DE SALSINHA PICADA,TRMPERO A GOSTO. MAIONESE VERMELHA: BETERRRABA COZIDA,E TEMPERO A GOSTO E AQUI VAI UMA PARA QUEM GOSTA DE UM POUCO MAIS PICANTE: UMA PITADA DE PÁPRICA(TEMPERO EM PÓ) DE 4 A 10 CASTANHAS DO PARÁ UMA CENOURA PEQUENA COZIDA TEMPERO A GOSTO E MAIONESE DE SOJA NATURAL BATA TUDO NO LIQUIDIFICADOR E COLOQUE EM UM POTE PARA GELAR E SIRVA COM PÃO INTEGRAL.

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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Bióloga do Ibama-SE admite falha em autorização para uso de urubus

A bióloga coordenadora do Núcleo de Fauna do Ibama de Sergipe, Gláucia Maria Lima Bispo, afirmou ao G1, na noite desta sexta-feira (1), que falhou ao emitir a autorização para "transporte e manejo" dos urubus que integram a instalação do artista Nuno Ramos na 29ª Bienal de São Paulo.

A licença foi revogada nesta quinta-feira pelo próprio Ibama de Sergipe após receber parecer do Ibama de São Paulo atestando que as aves, cedidas pelo Parque dos Falcões, em Sergipe, estão sendo vítimas de maus tratos.

"Admitimos que a licença foi emitida de forma precária", disse Bispo à reportagem por telefone. "Recebemos o plano [da obra do artista] com antecedência, mas dado o volume de documentos e de coisas que a gente tem que ver, eu não atentei que seria uma situação em um ambiente assim, confinado. Ao emitir uma autorização para expor os animais no parque Ibirapuera, a impressão que tivemos é que [as aves] estariam numa área verde", explicou.

A bióloga reconhece que aprovou o uso das aves na obra baseada principalmente em fotos em preto e branco de uma obra semelhante que já havia sido montanda por Ramos em Brasília, em 2008, com os mesmos urubus.

Bispo diz que mudou de opinião depois que o Ibama de São Paulo, pressionado por reclamações da sociedade civil, a procurou. "Nós informamos sobre a emissão das licenças, dizendo que eles apresentaram um plano de manejo com fotos da exposição em Brasília e que não vimos impedimento, a princípio, na emissão destas licenças. Mas falamos para eles da precariedade de emissão de uma licença numa situação dessas e que, se eles verificassem que teria problemas, não teríamos nenhum problema em revogar nossa licença."

"Não temos problemas em reconhecer possíveis falhas que possam ser cometidas por nós", disse Bispo. "Nossa preocupação, em primeiro lugar, tem de ser o bem-estar do animal. Em se verificando problemas na forma como animal está sendo exposto, não há nenhum problema em voltar atrás."

Instalações inadequadas
O G1 teve acesso ao parecer do Ibama de São Paulo, datado de 30 de setembro, que considerou "as instalações e o manejo inadequados para a manutenção das aves pela duração prevista para a exposição, de aproximadamente três meses".

Segundo o documento, que é assinado pelo veterinário Claudio Massao Kawata, pela bióloga Rossana Borioni, e pelo agente de fiscalização Ivan Paulo Ortiz Pereira, "o local de cativeiro jamais recebe insolação direta ou ventos", e não oferece "isolamento de segurança" com o público. O parecer questiona ainda a inexistência de um veterinário responsável no local.

O documento do Ibama de SP estipula um prazo provisório de 15 dias para "adequação das instalações" segundo uma lista de nove exigências que incluem o acesso à luz solar, a remoção dos alto-falantes e a melhoria física no espaço da obra "dando alternativa aos animais de escolha". Após esse prazo, uma nova vistoria seria feita e a autorização, renovada a cada duas semanas, sempre com o parecer de um veterinário local.

Até a publicação desta reportagem, o G1 não conseguiu entrar em contato com os signatários do parecer. No entanto, um comunicado enviado pela assessoria de imprensa do órgão diz apenas que o Ibama de SP enviou notificação "aos responsáveis pelos 'três urubus-de-cabeça-amarela' (Cathartes burrovianus)" pedindo "a retirada dos animais" por considerar que "as instalações estão inadequadas para a manutenção das aves".

O comunicado afirma ainda que há um prazo de cinco dias para que os animais sejam devolvidos ao Parque dos Falcões, em Sergipe, de onde foram cedidos. O prazo, ainda segundo o Ibama, visa atender "uma logística para que eles retornem com segurança ao seu habitat".

Procurado pelo G1 por telefone, Ramos disse que não se pronunciaria sobre o pedido do Ibama e afirmou que o caso seria resolvido pela Bienal.

Em nota, os organizadores da mostra afirmam que a instituição está analisando o pedido do Ibama, mas não esclarece se os animais serão retirados ou mantidos na obra.

"A Fundação Bienal recebeu na data de hoje um comunicado do Ibama SP, que já está em análise pelo departamento jurídico e pela liderança da Instituição, no sentido de buscar uma solução que atenda as novas demandas dos órgãos ambientais e possa, dentro da lei, conciliá-las com os valores de liberdade de expressão do artista e de independência curatorial, na tentativa de preservar a integridade da exposição", diz o comunicado.

Abaixo-assinado e pichação
A presença dos urubus na instalação "Bandeira branca", de Ramos, vem causando polêmica desde antes da abertura oficial da 29ª Bienal, que ocorreu no último sábado (25). Cientes da obra, internautas e grupo de defensores dos direitos dos animais chegaram a criar um abaixo-assinado contra a exibição da obra do artista na mostra.

Na ocasião, tanto Ramos quanto os organizadores da Bienal declararam que a presença dos animais estava "dentro da legislação" e que "o autor da obra possui todas as licenças exigidas pelos órgãos de preservação ambiental para o uso desses animais".

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Pássaros apreendidos no RS

“Chama a atenção a grande quantidade de animais raros e ameaçados de extinção encontrados em poder dos criadores”. Essa frase de Fernanda Rauber, responsável pelo Núcleo de Fauna do Ibama no Rio Grande do Sul, resume até onde chega a ganância do homem. Pior que isso: a sua capacidade destruidora. “Alguns animais do gênero Sporophila, popularmente chamados de caboclinhos, são tão raros que até os pesquisadores tem dificuldade de encontrar os espécimes, e em apenas um dos criadores vistoriados encontramos mais de 20 exemplares”.

A operação Papa-laranja, deflagrada na semana passada, computou até agora os três primeiros dias de sua execução. O saldo: 308 pássaros apreendidos em 13 autos de infração lavrados, num total de R$ 719,5 mil em multas. A ação se concentra na região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, em municípios como Santa Rosa, Porto Mauá, Porto Vera Cruz, Três de Maio e Alegria, próximos ao rio Uruguai, divisa internacional com a Argentina.

Por se tratar de área de fronteira, o comércio e o tráfico de animais silvestres são atividades comuns. Os passeriformes, capturados diretamente da natureza tanto na região como no país vizinho, são vendidos para Estados como São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Mato Grosso. A operação quer justamente identificar e coibir a ação dos criminosos que, cadastrados como criadores amadores de passeriformes ou utilizando criadores “laranjas”, registrados e autorizados pelo Ibama, desvirtuam a atividade ao receberem animais capturados diretamente do ambiente.

“Nesta operação ficou evidenciado que depois de capturados, os pássaros são marcados com anilhas falsas ou adulteradas, e comercializados entre os criadores, principalmente para outros Estados do Brasil, acobertados por uma criação dita amadora, que não gera divisas para os cofres públicos e impacta de forma extremamente lesiva o meio ambiente”, afirma Régis Fontana Pinto, responsável pela Divisão de Controle e Fiscalização Ambiental (Dicof) do Ibama/ RS.

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Conheça candidatos a deputado que atuam em defesa dos animais

Vários deles são vegetarianos e resgatam animais de rua pessoalmente.

Alguns candidatos a deputado nas eleições deste ano não se focam em propostas de interesse direto das pessoas, mas dos animais. Vários deles são vegetarianos e resgatam animais de rua pessoalmente.

É o caso de um dos mais conhecidos da área, Feliciano Filho (PV-SP). Busca reeleição no Estado e é autor da lei que proibiu, em 2008, a matança indiscriminada dos cães e gatos recolhidos por órgãos como canis e CCZ (Centros de Controle de Zoonoses).

Diz que pretende também criar um programa de castração estadual de animais --ele cita que a população de cães cresce em ritmo mais de dez vezes maior que a humana, e a de gatos o dobro disso, muitos abandonados.

Outro deputado estadual de São Paulo que tenta reeleição é Fernando Capez (PSDB). Apesar de novo na causa, encaminhou pedido para criação de uma Promotoria de Defesa Animal e diz que planeja trabalhar a conscientização da população a respeito de crimes contra animais.

Gabriel Bitencourt (PC do B) também busca o cargo estadual em SP, mas vem de Sorocaba, onde diz ter criado a primeira lei municipal que proibiu animais em circos no Brasil e teve sucesso em campanha coordenada contra rodeios.

No Rio de Janeiro, a candidata Lucia Frota (PSDB) pretende ampliar pelo Estado a proibição do extermínio de animais de rua e esterilização gratuita, em linha similar a de Feliciano. A cidade do Rio foi a primeira no Brasil com esta lei, desde 2002, com assessora técnica de Lucia, segundo sua mãe.

FEDERAIS

Ricardo Tripoli (PSDB-SP), que busca reeleição como deputado federal, é dos parlamentares que atuam na área com mais experiência, começando como vereador em 1982.

Mas outros agora também tentam o cargo federal, como Vicente da UPA (PV-SP), que leva o nome da União Protetora dos Animais, que preside. Vereador de Campinas, conta que apresentou o projeto da lei que permite atendimento gratuito a animais de pessoas carentes do município.

A veterinária Andrea Lambert (PV-RJ), também candidata federal, lembra sua participação em campanha contra a "carrocinha" letal na cidade do Rio e denúncia que ajudou a proibir animais domésticos em circos no município.

A psicóloga Eliane Carmanim Lima (PV-RS), criadora de um cadastro de vegetarianos na internet, pressionou empresas pelo não uso de produtos animais, e fez várias denúncias. Se eleita como deputada federal, diz que pretende ajudar na aprovação do projeto que proíbe animais em circos e estimular métodos substitutivos de animais na ciência.

VEGETARIANOS E RESGATADORES

Dos candidatos citados, apenas Capez não afirmou ser vegetariano, e Tripoli não informou. Lucia e Eliane chegam até ao veganismo, o não consumo de qualquer derivado animal. O resgate e doação de animais de rua é atividade cotidiana de Feliciano, Vicente e Andrea, mas também de Lucia.

Nenhum dos quatro principais candidatos a presidente e dos quatro principais que tentam o cargo de governador de São Paulo responderam às questões enviadas sobre animais.



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